The Stripper [Brumilla]

Uma Nova Aliança

Brunna POV

Sabe quando depois de um dia cheio você deita na cama e reflete sobre tudo o que houve? As situações passam em sua cabeça como um filme diário de tudo que você viveu. Momentos bons ou ruins, todos eles se recriam na sua mente com o menor dos detalhes, lhe fazendo sorrir ou chorar.

Depois do momento no carro com Ludmilla, ficamos conversando por pouco tempo na frente de meu prédio.

"– Tem certeza que não quer dormir comigo? – Ludmilla perguntou assim que desligou o carro.

Era no mínimo tentador a ideia de ir para sua casa e dormir em seus braços. Se é que iríamos dormir, é claro.

- Eu quero muito, mas não é o certo ainda.

Ludmilla me fitou sem entender.

- Eu não sei qual é o seu medo, Bru, somos adultas.

- Eu sei, e sei que você não entende. Mas isso não vem ao caso agora.

- Me dê ao menos um motivo?

- Não quero que falem nada, não quero ser apenas mais uma. – Falei olhando fixamente em seus olhos.

Ludmilla semicerrou os olhos, e delicadamente tocou em meu rosto.

- Você nunca seria apenas mais uma, isso eu lhe garanto. – Falou de forma sincera.

- Por que diz isso?

Ludmilla sorriu, e apertou as mãos no volante.

- Eu não sou boa falando essas coisas, Brunna.

Pela primeira vez, Ludmilla ficou sem jeito.

- Diga.

- Outro dia eu digo, ok?

Eu sorri para Ludmilla, negando com a cabeça.

- Sim, eu prometo que direi. Agora não é a hora certa.

- E quando será?

- Isso é um segredo, srta. Gonçalves. – Ludmilla falou roubando-me um beijo.

- Quer entrar? – Perguntei sorrindo.

- Você é insaciável?

- Talvez eu seja. – Falei soltando uma piscada para ela.

- Deus ouviu minhas preces.

Soltei uma risada junto de Ludmilla.

- Agora sério, eu não vou entrar. Não ficaria bem, suas amigas estão aí, então, é melhor não.

- Certo, então eu já vou.

- Tudo bem, Bru. Tenha uma boa noite.

- Boa noite, Sra. Oliveira. – Falei bem próximas aos seus lábios.

Ludmilla veio com o impulso para me morder, e então me afastei.

- Sonhe comigo, Ludmilla. – Falei saindo do carro.

A mulher fitou-me com um sorriso. Eu já do lado de fora, aproximei-me de sua janela que estava aberta.

- Eu sempre sonho, srta. Gonçalves.

Sorri, aproximando-me dela para depositar um beijo calmo em seus lábios tão macios.

- Até mais.