— Não entendo porque você se estressa tanto com ela, sabe que Ayla só quer provocá-lo.
— Exatamente por isso, Ozan. Ela não respeita a minha autoridade, sempre tenta me fazer de idiota. Eu nunca vou aceitar esse tipo de comportamento.
— Murat, por que não tenta uma abordagem diferente? Vocês sempre brigam e ela continua te desafiando. Talvez se você fosse mais maleável ou se fizesse de conta que não liga para o que ela diz e faz, Ayla começasse a finalmente te ouvir.
— Como seria possível uma coisa dessas, Ozan?!
— Psicologia inversa, quanto mais você se importa, mais ela vai querer bater de frente com você.
Murat suspirou e Ozan prendeu o riso enquanto andava de um lado para outro dentro do quarto tentando organizar a mochila.
Sabia como seu tutor perdia a razão quando o assunto era Ayla, então tinha paciência para ouvir as explosões de raiva e incredulidade de Murat.
— Não sei, tenho medo de deixar rolar e algo acontecer a ela. Sabe que Ayla não tem juízo e o vovô me mataria — disse entredentes.
— De toda forma, já está tudo esclarecido, não é? Ela está em casa, sã e salva — amenizou.
— Sim e ainda me comprou uma camisa, você acredita na cara de pau?
Ozan riu.
— Quem entende Ayla?
— Só Deus, porque eu já desisti.
— Se acalme e vá aproveitar o seu presente.
Murat suspirou tentando relaxar.
— Pensei em sairmos essa noite, eu e você.
— Talvez, mas agora terei que voltar a universidade. Esqueci que tenho um trabalho e preciso de um livro que só tem lá.
— Pensei que cientistas de eletrônica não usassem livros.
— Todos usamos livros. Por incrível que pareça, nem tudo está disponível na internet e o que está não é tão seguro, não posso arriscar.
— Eu entendo. Boa sorte!
— Nós falamos depois.
Ozan desligou o telefone, vestiu a camisa e saiu do quarto com as chaves do carro nas mãos e a mochila.
— Aonde vai? — perguntou Mustafá o fazendo estancar à porta.
— Vovô! Pensei que estivesse dormindo.
— Então iria sair escondido?
Ozan sorriu.
— Já estou meio grandinho para sair escondido.
— Para mim você parece o mesmo — disse o avô com carinho.
— Vou à universidade.
— Mas acabou de chegar.
— Pois é, vovô, esqueci um livro por lá e preciso muito dele.
— Alguém que se importa com livros nessa geração, Allah seja louvado. Só vejo você e seus primos com essas coisas que apitam e cantam o tempo todo — resmungou sentando-se no sofá.
Ozan riu.
— É celular, vovô — esclareceu. — O senhor deveria ter um também.
— Sou velho, meu filho, não louco!
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IZMIR [SPIN-OFF] >> Trilogia Erdoğan/AMAZON
Short StoryAPENAS CAPÍTULOS DE DEGUSTAÇÃO. 1° LIVRO DA SÉRIE MIL E UMA NOITES/SPIN-OFFS DA TRILOGIA ERDOĞAN *** SINOPSE: Ozan Erdoğan sentiu seu coração apertar ao ver a mulher que amava de mãos dadas com seu primo e melhor amigo. Agora, lutar para conquistar...