Capítulo III

318 19 4
                                    

      Andry sentiu novamente a mesma sensação de estar sendo observada, mas o pior é que a imagem da moça vista no refeitório da escola não lhe sai da cabeça. Ela lhe parecia familiar de um modo que não havia explicação, afinal nunca havia visto na vida.

-O quê está te perturbando Andy? - pergunta Christian

-Nada que você entenda -  diz

-Ainda vamos? - pergunta

-Bem sinta-se  convidado a ir ao shopping comigo e Jully. Estou lhe fazendo um favor Leite -  diz

-Okay senhorita. Te juro que tudo é melhor do que Lorena -  fala

-Sua mãe também é melhor? - pergunta

-Quando não está tendo um ataque sim. É melhor -  diz

        Nenhum falou mais nenhuma palavra, permaneceram no silêncio e caminharam a pé até a casa de Jully. A sensação incomoda havia abandonado Andry por um momento, ela sorriu quando na sentiu mais a sensação de estar sendo seguida por alguém, a imagem da mulher de vestido gelo e olhos azuis-gelo também havia abandonado a sua mente.

      Quando chegaram a casa de Jully,ela já estava arrumada e somente os esperavam, ficou um pouco surpresa por saber que Christian iria com elas até o shopping, mas depois se acostumou e sobe dos detalhes da briga que acontecera a pouco tempo com Lorena, tudo por que Christian havia pegando uma suspensão na escola novamente por bater em um dos garotos que estava lhe enchendo o saco.

       Já no shopping o primeiro lugar passado por eles foi a bilheteria do cinema, comparar três ingressos para um filme de comédia que estava passando e depois Christian foi compara a pipoca e os refrigerante para eles. Andry e Jully ficaram conversando sobre assuntos aleatórios e um grupo de garotos que passava começaram a soltar cantadas baratas para as duas amigas que nem ligaram. Christian viu na volta e enquanto chegava com as coisa abriu o melhor sorriso cafajeste e falou:

-Amores eu trouxe coca para nós -  diz entregando o copo para cada uma e Jully segura a pipoca, com seus braços livres ele coloca nos ombros das meninas e as junta de seu corpo, finge sussurrar algo no ouvido de Jully e faz do mesmo jeito com Andry só que um pouco mais íntimo, falando em seu ouvido sobre os meninos e pedindo autorização que foi recebida por ela, então ele morden o lombo de sua bochecha -  Combinado

-Sim -  responde ambos as meninas

-Minhas duas garotas -  falam um pouco alto e logo os meninos começam a comentar que ele está pegando as duas gatas, como eles a chamam, e perguntam entre si como ele fez isso

-Você é doido -  diz Jully rindo com Andry

-Ainda bem que pediu autorização ou levava um murro, não se esqueça que sou sua irmã -  diz piscando os olhos com grandes cílios - Nem que seja adotada, continuo sua irmã.

-Vamos entrar, e de nada pelo favor que fiz vocês lhes livrando daqueles ridículos.

-É você é mocorrongo - fala Jully rindo

-Sou lindo gata, te confirma, aceita e me leva pra sua casa, serei seu escravo -  diz Christian  brincando

-Galera eu vou no banheiro - avisa Andry  e sai

         Andry entra no banheiro e lava o rosto, não estava se sentindo muito bem, seu estômago se revira  dentro de seu corpo, sua cabeça doía um pouco e se sentia quente, duvidava que estava febril. Encostou-se pia do banheiro e lavar seu rosto, olho para seu reflexo no espelho e viu atrás de si a mulher do vestido gelo que apareceu lá na escola. Ela estava parada, com o mesmo vestido, a mesma pedra na mão, em seu rosto um sorriso repousava, e ela falava silenciosamente:

-Não esqueça que está próximo querida, não estranhe e nem fuja, é seu destino e está descrito e foi mostrado-me anos atrás antes de minha morte.

     Como Andry sabia leitura labial se assustou e saiu do banheiro praticamente correndo, mas antes olhos novamente para a mulher que sorria e disse:

-Me deixe em paz - e saiu fechando a porta atrás de si

    Com o coração acelerado, o sentimento de medo presente no corpo e na mente, ela correu até sua amiga e seu irmão adotivo, ambos olharam assustados para ela, Andry tremia de medo e suas mãos estavam geladas. Ela respirou fundo, enchendo os pulmões de ar, depois insistiu dizendo que apenas tomara um susto mas que já estava tudo bem. O trio foi até a sala onde passaria o filme, sentou nas cadeiras um pouco inclinável e esperou o fim dos tediosos trailers  passaram, assim que o filme começou Andry tratou de expulsar o que aconteceu no banheiro da mente e focou sua atenção no filme em que estava assistindo.

A profecia de SamanthamOnde histórias criam vida. Descubra agora