Capítulo I

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       O sinal toca despertando Andry e metade dos alunos que,praticamente,estavam dormindo em suas cadeiras enquanto a professora, Sra.Nermam,falava sobre a nova matéria de matemática. A Sra.Nermam é uma senhora de aproximadamente cinquenta anos de idade,com os cabelos pretos e lisos que batem na altura de seis ombros, baixa e magra. Boa parte dos alunos gostavam de suas aulas, pois eram as únicas que podiam dormir ou bagunçar sem se preucuparem, e o melhor é que ela os passava de ano sem problemas, já que mandava vários trabalhos para casa e os que fizessem teriam pontos na média.

        Andry levanta de sua cadeira e recolhe suas coisas rapidamente antes de sair, praticamente, correndo da sala. Ela encontra na porta do refeitório sua melhor amiga, Jully, e as duas vão para a fila que ainda está pequena, mas por pouco tempo.

– Que tal írmos ao shopping? Assistimos algum filme e depois lanchamos – sugere Jully.

– Eu não sei Jully – responde.

– Vamos Andy, por favor – pede Jully fazendo biquinho.

– Não sei – diz.

– Andry Samantham Tiller – disse a amiga em um tom raivoso.

– Não me chame pelo nome completo, sabe que eu odeio esse Samantham em meu nome – advertiu a amiga.

– Tudo bem Andry Tiller, nós iremos, nem que eu lhe amarre em uma corda e lhe arraste até lá – fala e depois lança uma piscadela com o olho esquerdo para Andry.

– O que eu fiz para merecer você em minha vida? Esse grande castigo? – pergunta Andry dramaticamente.

– Sei que você me ama– afirma.

– Isso é verdade, infelizmente – concorda.

–Como está com sua mãe?– pergunta a amiga.

–Um porre, um saco – responde.

– Você tem que parar com isso, ela é sua mãe – avisa.

– E é louca – acrescenta Andry.

– Mais um motivo – diz Jully.

– Ela acha que pode mandar em mim – comenta Andry.

– É isso que mães fazem – diz.

– Ela não é minha dona, ela não é nada minha na verdade...

– Ela é sua mãe, querendo ou não ela lhe criou.

– Mas não sou seu sangue. Ela sempre me tratou diferente de Christian e Lorena, nunca fui boa suficiente para ela e nunca serei – comenta Andry com um pouco de tristeza em sua voz.

– Vamos encerra este assunto. Te pego em casa as seis da noite – fala antes de sair em direção a uma mesa.

– Tudo bem – diz seguindo-a

      As duas sentam em uma das mesas localizada no centro do refeitório, colocam as bandejas com seus lanches em cima e se sentam. Em direção delas, Christian Tiller vem caminhando com um sorriso torto nos finos e rosados lábios, esbanjando charme, levanta seu óculos escuro e manda uma piscadela a Lunna Bred, uma líder fútil de torcida. Christian para em frente a mesa da irmã adotiva e se senta.

–Fala aê Jully – diz Christian comprimentando-a –Andy não vou para casa contigo.

– Por que?– questiona Andry.

– Ah, não tô afim de ir sabe? Pois é – responde.

– Lorena sabe?– pergunta Jully.

– Não, nem vai saber. E você?– pergunta.

– Vou ir mas as seis tô fora – fala depois de morder seu sanduíche.

– Pra onde?

– Cinema comigo – diz Jully.

– Posso ir?– pergunta Christian.

– Desculpe mas não Leite – fala Andry.

– Não me chame de Leite – pede Christian.

– Seis anos de amizade e ainda não sei por que ela lhe chama de Leite – comenta Jully.

– Longa história Jully – fala Christian.

      Andry direpente olha para o lado e vê uma mulher familiar. A mulher era loira, tinha os cabelos longos e lisos, seus olhos azuis-gelo tinha um certo carinho neles, sua pele pálida se confunde com o vestido gelo longo, sua mão segurava uma pedra vermelha, que estava quebrada, faltava uma peça. Ela olhou para Andry e sorriu, depois sumiu, evaporou pelo ar.

– Vocês viram?– pergunta Andry.

– O que? – perguntam Christian e Jully juntos.

– Aquela mulher – diz.

– Não – falaram juntos em sincronia.

– Acho que estou pegando a inlucidez da mãe – comenta soltando uma risada fria e breve.

A profecia de SamanthamOnde histórias criam vida. Descubra agora