capitulo 15

2K 145 4
                                    

Eu via o sol nascendo pela fresta de janela da cela, que havia grades a cobrindo, eu estava fedendo, meu vestido sujo, eu suja e descabelada, daria tudo por um banho agora, não preguei o olho a noite inteira, como podia, nesse lugar com ratos mortos e baratas por toda parte, vi um guarda vindo na direção da minha cela e a abrindo

- vamos - diz ele com um tom sério, eu tinha perdido a minha adaga, a adaga que Charles me deu, aquele canalha do capitão, ele me fez derrubar, e se ele não tivesse aparecido com certeza eu teria conseguido

Eu me levantei meio fraca e fui em sua direção ele me pegou pelo braço nada gentil e me levou com ele, caminhamos, tinha hora que eu tinha vontade de desmaiar, mas eu me manti forte para isso não acontecer, chegamos em uma sala fechada com paredes de pedra, e sem nenhuma janela, como se fosse uma sala para interrogatório, nas paredes havia correntes, no centro tinha uma cadeira e uma mesa. O guarda que me trouxe para cá me sentou na cadeira e acorrentou as minhas mãos, ele saiu e fechou a porta, estava morrendo de fome por que eu não comi no baile? Estava destraida demais com meu objetivo, quando eu estava quase desmaiando em cima da mesa a porta se abriu de novo e eu vi, o maldito capitão, que estragou todos os meus planos, eu peguei forças de não sei onde e consegui me manter sentada sem vacilar, meu ódio me ajudou a me manter, ele estava com trages mais casuais agora, e seu cabelo grande e cacheado estava solto

- está péssima- diz num tom sarcastico com seus olhos castanhos me fitando por inteira

- isso é tudo sua culpa - digo com raiva o encarando com o mais puro ódio, ele deu uma leve risada

- não querida, você causou isso pra si própria - diz e segura meu queixo para que eu olhe em seus olhos - o que eu faço com você? - diz mais para si mesmo

- o que você vai fazer comigo? - digo para provocá-lo mas isso só serve para deixá-lo mais irritado, ele segurou com mais força meu queixo e eu sem querer soltei um grunhido, ele virou meu rosto em direção das correntes

- eu nunca torturei mulheres sabia - diz com um sorriso assustador - adoraria que fosse a primeira

Diz no meu ouvido, eu me tremo por inteira, bastardo! Eu tento tirar sua mão do meu queixo mas o mesmo não deixa

- agora fale, quem te mandou, e de onde veio? - eu fico calada, ele retira a mão do meu queixo e se afasta - você não sabe facilitar mesmo não é

- por que eu faria isso? - digo com um sorriso, minha voz sai fraca e rouca

- ótimo vai ser pior para você- diz e sai da sala, e depois de um tempo volta com um chicote

Não tudo menos isso, ele começa a me desacorrentar da cadeira, eu fico em choque

- vai cooperar? - não respondo, ele me deita na mesa e rasga o meu vestido por trás, deixando minhas costas de fora

Eu grudo na mesa para que eu não possa ver mais que isso, vem a primeira chicotada, eu tento segurar a dor, o choro, mas os mesmo não são mais de se controlar agora, a única coisa que eu me recuso a fazer é gritar, e espernear, ele ficaria tão feliz em me ver assim tenho certeza, a segunda veio e eu me mantive firme, mordi com força minha bochecha para evitar gritar, o que me fez sangrar, quando vem mas 2 chicotadas uma atrás da outra - esta se mordendo para não gritar? É mais forte que muitos homens que já torturei, e ai, pronta para falar? - diz dando mais uma chicotada

- es-espere eu não... - não consegui terminar a frase, eu apaguei e meu corpo amoleceu

- ei acorde! - eu desperto com um grito masculino, o capitão ótimo, olho em volta e estava de volta a minha cela, olho minha roupa e vejo que estou vestindo um saco de batatas, que ótimo, ele abriu a cela e me levantou, mas eu despenquei logo em seguida, sinto minhas costas arderem quando eu me me mexo - rapido!

- es-estou sem forças- digo baixo, mas ele escuta, ele revira os olhos e coloca meu braço em volta do seu ombro, e segura a minha cintura, ele sobe as escadas comigo, eu não tenho forças para nada sinto que irei desmaiar a qualquer momento, tudo esta como um borrão para mim, de uma hora para outra eu me vejo em uma banheira, sendo cuidada e sinto mãos lavando meus cabelos, a agua estava tão quente, tão reconfortante, sinto mãos cuidadosas me vestindo, mas eu estou sem forças para perceber quem é, sinto sendo deitada em algo macio, uma cama, Deus como pedi por uma cama, abri um pouco os olhos e vi a pessoa que estava cuidando de mim, uma mulher para ser exata, ela tinha cabelos ruivos e via sardas pelo seu rosto, ela era bem jovem, ela me deu um prato fundo com sopa, e me ajudou a me endireitar na cama para beber, depois disso eu apenas apaguei de novo na cama, e meus pensamentos foram para o Michael, eu preciso recuperar minhas forças por ele

Quando acordei, eu pude ver o quarto com mais clareza, ele era lindo, com móveis antigos cheios de detalhes dourados, nem sei que horas eram, parecia ser de tarde, vi que estava vestindo uma camisola branca, eu olhei para a porta que foi aberta, e entrou a mesma mulher de cabelos ruivos e sardas que eu vi me dando a sopa, eu me sento na cama, minhas costas estão ardendo por causa das chicotadas

- ah que bom que já esta acordada - ela diz - eu não queria te acordar

- o que eu estou fazendo aqui? - digo meio desconfiada

- bom o rei pediu para cuidar de você - o rei? Eu olhei para ela com uma cara de interrogação então ela continuou - o capitão te trouxe para cá e eu cuidei de você, e agora eu preciso te arrumar

- para que? - digo, estou tão confusa, por um momento eu estava a beira da morte e agora estou sendo paparicada? E como será que deve estar Michael agora?

- como assim para que, o rei quer falar com você - diz e eu dou um pulo da cama

- o que ele quer comigo? - pergunto assustada

- bom só indo até ele para saber, agora me deixe te arrumar para ir, mas antes vou passar pomada nas suas costas - diz me ajudando a me levantar e me virando de costas para ela

Ela levanta minha camisola só pelas costas, ela pega um pote pequeno, e abri, colocando o que tinha dentro nas minhas costas com cuidado, ela era muito cuidadosa, a dor foi se aliviando aos poucos, eu fui relaxando aos poucos também

- vai ficar cicatriz, sinto muito - diz

- não tem problema, isso não é a pior coisa que aconteceu - digo rindo sem humor

Continua....

Ela pertence ao rei Onde histórias criam vida. Descubra agora