capitulo 21

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Eu saio do quarto já de banho tomado, Anastasia parecia ainda desconcertada depois de ver o capitão, mas vou deixar ela tranquila por agora, nem sei se quero saber o que foi aquilo, eu queria dar uma volta por ai, me distrair um pouco, coloquei meu punhal na costas do meu sapato, não me separaria dele nunca mais, eu estava andando sem rumo pelo corredor, até que eu sou parada por um guarda

- a mãe do rei gostaria de tomar chá com você - diz sério, eu olhei a janela do corredor, e parecia ser umas 6 da tarde já, eu e Anastasia conversamos tanto que a hora passou voando

- claro - digo e ele se vira

Eu sigo ele até chegar em uma porta branca, com detalhes dourados, da maçaneta até o batente, o guarda que me trouxe abre a porta e entra fazendo uma reverência

- Senhorita Elena minha senhora - ele fala, e eu entro no cômodo

Entro e vejo a senhora que entrou com o rei e Amber no baile, eu lembro dela, ela estava impecável no baile, hoje não é diferente ela esta com um vestido amarelo, com um bordado cinza, podia se dizer até prateado, e seus cabelos brancos estavam soltos, ela se sentava no sofá, no centro da sala, na sua frente tinha uma mesa, com bules de chá e xícaras, e do lado uns aperitivos.
Olhei em volta e vi que o lugar estava lotado de lírios, todo qualquer tipo de lírio, azul, laranja, branco, semelhantes as corres que eu encontrei no jardim hoje de manhã, quando ela finalmente direcionou o olhar para mim, eu olhei os seus olhos, e vi que eram da mesma cor que os do rei, um castanho, tão claro que chegava a ser um dourado

- olá, sente-se minha cara - diz sinalizando para o lugar do seu lado, eu hesito um pouco - eu não mordo

Ela fala sorrindo e eu começo a andar até o lugar ao seu lado, ela não tira o olhar de mim até eu me sentar

- é um prazer majestade - falo e ela da uma gargalhada

- ó queria não sou majestade a um tempo - diz ela e depois pega uma xícara e coloca chá na mesma, depois me entrega - tome, se solte um pouco querida

Eu peguei a xícara e encaro o chá nela, nunca gostei muito de chá, minha vó sempre tentava me fazer gostar, mas eu nunca tomava inteiro, eu achava enjoativo depois de um tempo, então ela me fazia um bom cafézinho depois para eu tomar, eu amava
O primeiro gole sai cortando a garganta, eu achei que eu ia odiar, mas para minha surpresa estava bom, ele era meio amargo, não tão enjoativo

- bom né? É uma receita de família - diz pegando sua xícara e dando um gole na mesma

Olha mas para os lírios, tem tentos, de tantas cores diferentes

- flores lindas majestade - falo admirando

- querida eu já falei eu não sou mais a majestade - diz sorrindo - me chame de Madeleine - diz e eu afirmo - são mesmo não é, lírios são o nosso símbolo, o antigo rei meu marido, escolheu especialmente por mim, eu sempre amei lírios - diz sorrindo para si mesma, mergulhando em lembranças

- eu não sabia - digo surpresa

- querida nossa bandeira é um lírio - diz como se fosse óbvio

Eu olho para o chão meio sem graça e ela me encara de cima a baixo

- de onde você veio minha cara? - ela fala com curiosidade

- a sabe eu sou uma viajante, venho de vários lugares - falo mentindo bebendo mais um gole de chá, ela me olha com um olhar desconfiada

- você é estranha - fala ela derrepente e eu olho para ela com olhar de confusão - não me entenda mal, eu estou falando isso, por que você não esta tentando me agradar - diz ela

Ela pertence ao rei Onde histórias criam vida. Descubra agora