52 | Epílogo

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Estou sentada na cama de Nash mexendo no meu notebook, ele está tomando banho. Detesto não poder passar a noite aqui de novo, mas é domingo precisamos sair do nosso paraíso particular e voltar ao mundo real. Tem sido difícil arranjar tempo para nos ver desde que a faculdade terminou.

É até irônico que ambos pensamos que depois daquele período, que passamos em estados diferentes, íamos enfim ter tempo um para o outro. A vida de adulto tinha outros planos para nós. Nash tem um apartamento e um emprego em Nova York, que fica á uma hora e meia de carro de onde eu moro, em Nova Jersey. Tentei achar um lugar em Nova York também, mas não consegui, as coisas aqui acabam sendo bem mais caras.

Não sei se morar com Nash era uma opção, nunca conversamos sobre isso. Então acabamos tendo essa dinâmica de ir e vir da casa um do outro no final de semana.

— O que quer fazer hoje? — Nash pergunta sentando na cama e me tirando de meus devaneios. — Podemos assistir alguma coisa, sair, ficar na cama o dia todo — fala a última parte com um sorriso malicioso.

— Que tal ficar na cama sem fazer nada? Quero descansar antes de dirigir até em casa.

— Você podia dormir aqui. — Diz manhoso.

Queria, adoraria dormir aqui. Mas é bem mais fácil ir para casa hoje.

— Sabe que eu não posso.

Por um segundo seu rosto forma uma expressão triste, mas logo se suaviza. Ele me puxa para fora da cama dizendo que vamos fazer o tempo que temos valer a pena. E pode apostar que fizemos.

Eram três da tarde, quando saímos do quarto e fomos para a cozinha, onde fizemos um bolo. Na verdade fiz quase tudo sozinha. Nash estava mais preocupado em "registrar o momento", o que significava me gravar fazendo o bolo.

Quando colocamos o bolo no forno e terminamos de limpar a cozinha eram quase quatro horas, resolvemos assistir um filme. Precisei implorar muito para que a gente assistisse A noiva cadáver, a verdade é que esse é meu filme favorito o que significa que Nash já está cansado de assistir ele comigo. Mas quando eu disse que ou assistiamos isso ou Sierra Burgess ele rapidamente escolheu a primeira opção. Terminamos o filme comendo o bolo — que ficou ótimo — e resolvemos nos sentar lá fora para ver o pôr do sol.

Depois disso voltamos para dentro de casa e Nash fez tudo que queria comigo. Ele nos jogou na cama, suas mãos e sua boca percorreram todo meu corpo, parece que Grier adquiriu um hábito de me provocar de todas as maneiras possíveis. E hoje ele estava muito ansioso para fazer isso, a prova disso foram os três orgasmos que ele me proporcionou.

Estamos deitados na cama, já anoiteceu e sei que deveria ir para casa. Mas a sensação de estar deitada em seu peito, enquanto ele faz cafuné em minha cabeça, não me deixa levantar de lá.

— Queria que fosse assim para sempre. — Ele diz e não me importo muito.

Deve ser só mais uma daquelas vezes que as pessoas falam sobre como a vida seria maravilhosa se eles se casassem, mas apenas em um futuro distante.

— Você devia morar aqui. — Fala e isso chama minha atenção.

Me sento na cama puxando o lençol para me cobrir, Nash também se senta meio contrariado.

— Essa é uma decisão muito importante, não podemos fazer isso em um impulso.

— Não é um impulso. Tenho pensado muito sobre isso.

— Desde quando? — Pergunto.

Ele não havia me dado nenhum indício de que pensava sobre isso, mesmo que já tenha acontecido com alguns amigos nossos. Ele nunca mencionou o assunto.

— Você pode apenas dizer não, sabia?

Ah, machuquei ele com meu ceticismo.

Nash, não estou dizendo que não quero. Só acho que precisamos pensar bastante no assunto.

— Eu penso. O que acha que fico pensando toda vez que você vai sai daqui? Izzy, não gosto quando você vai embora.

Sei que vou aceitar, soube no instante que ele disse aquilo. Não faço ideia se Grier tem alguma ideia dos seus efeitos sobre mim, gosto de pensar que tenho os mesmos sobre ele.

— Olha, aqui não é tão longe do seu trabalho. E...

— Nash... — Interrompo ele que nem se importa.

— Deixa eu falar, depois você recusa. E é espaçoso, você pode trazer suas coisas para cá, posso...

— Nash! — Digo mais alto e ele finalmente presta atenção. — Eu quero morar aqui com você.

Toda vez que penso que já vi Nash abrir o maior sorriso do mundo, percebo que estava errada. E esses sorrisos, direcionados para mim, me fazem sorrir também.

— Mas hoje eu ainda tenho que ir para casa — digo.

— Vai ter que conseguir sair da cama primeiro — diz e sei que uma grande interrogação se forma em meu rosto, antes que ele comece a fazer cócegas em mim.

Até a próxima,
Blue

(fake)boyfriend. nash grier [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora