☀〡Eight〡

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- Acho que devemos começar com a jovem sem nome. - Disse Mary com a boca cheia de barrinha de cereais. - Ela deve ser o nosso próximo ponto de partida para a investigação. - Seus olhos estavam grudados na foto de Khalil, em cima da mesa do nosso quarto.

Depois que Mary saiu do banheiro, após um longo tempo debaixo do chuveiro, foi a minha vez de tomar banho. Após me vestir com roupas limpas - uma camisa social de tecido leve branca e uma calça preta - e comer algumas barrinhas de cereais insossas, decidimos rever tudo o que sabíamos sobre o caso, o que não era muito. Precisávamos recomeçar de algum lugar e investigar a jovem sem nome parecia um bom começo. Ela, com certeza nos levaria a alguma nova pista ou até mesmo até o cofre.

- Acho que é uma boa ideia. - Dei de ombros. - Até porque, ela tinha contato direto com os primos e é a única que está viva.

-Claro! - Mary engoliu o último pedaço da barrinha. - Você matou o nosso suspeito.

Respirei fundo, mantendo a calma.

-Por Odin! Quantas vezes eu vou ter que repetir que ele caiu sozinho?

-Tá! Tanto faz. - Deu de ombros, desinteressada. Voltei minha atenção agora para as fotos que Mary havia tirado no apartamento de Khalil e do próprio sujeito. Aquela tatuagem. Aqueles números. Vasculhei em minha mente toda a informação de códigos secretos que eu conhecia. Qual deles era ligado à números? Claro! Tabela de Pitágoras.

- Mary, você tem um pedaço de papel e uma caneta?

- Tenho, por que?

- Acho que descobri algo.

Ela me passou a caneta e o papel, desconfiada. Comecei anotando os números. 819387491, exatamente como a tatuagem. Se fosse como eu estava imaginando, cada número representava uma letra. Seguindo essa lógica, a primeira era H. Logo depois, A. Depois o I e a letra L. Logo em seguida vieram as letras H, Y, D, R e o A.

- Hail H.Y.D.R.A! - Mary disse baixinho, pasma. - Khalil trabalhava para eles. - Ao que parecia, sim. Apenas assenti. - Vamos arrumar nossas coisas e dar um fora daqui. Temos muito trabalho pela frente.

Fomos um para cada lado do quarto, para agilizar o processo. Enquanto Mary recolhia as fichas e informações de nossos suspeitos, eu preparava duas mochilas com algumas roupas, comida, água e materiais de primeiros socorros. Também guardei algumas armas da S.H.I.E.L.D. Quatro revólveres, duas armas tranquilizantes, um apagador de memórias e uma caneta paralisadora. Não seria possível levar tudo, então priorizei os objetos mais importantes.

- Eu não acredito! - Mary colocou os braços na cintura, me encarando. - Não acredito que ocupou metade do espaço das mochilas com roupas! - Disse cética.

-Elas são de marca. - Respondi o óbvio. - Não achava mesmo que fosse deixá-las para trás, né? - Ela fez uma careta.

-Bem... Coloque as minhas também. - Pediu baixinho.

- Não se preocupe. - Fechei o zíper da minha mochila. - Eu coloquei. - Lancei um sorriso convencido e ela apenas balançou os ombros.

Terminamos de arrumar nossas coisas e nos preparamos para sair. Estávamos prestes a deixar o quarto quando uma batida forte e inesperada na porta soou. Senti meu corpo ficar tenso no mesmo instante e troquei um olhar com Mary. Ela me lançou um olhar apreensivo e fez um sinal com a cabeça para que eu abrisse a porta. Ela se posicionou do lado direito de onde a porta abriria, preparada para atacar se fosse necessário. Completamente em alerta, eu contei mentalmente até três antes de abrir. Um homem um pouco mais baixo que eu, usando roupas claras e locais carregava uma bandeja tampada. Era um funcionário do hotel. O humano sorridente acenou com a cabeça e eu forcei um sorriso, ainda tenso. Mary saiu de trás da porta para vê-lo e parou ao meu lado, ainda em alerta.

The Mischievous Prince - Spin-offOnde histórias criam vida. Descubra agora