seis

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Então, Emma, já havia se passado três dias, desde que te vi pela última vez.

Três dias que você não saía da minha cabeça.

Esse seria mais um daqueles dias.
Mas, esse foi diferente. Eu lembro exatamente desse dia, Emma.

Fiz exatamente as mesmas coisas, de toda à semana. E, quando deu aquele horário, fui até à cafeteria.

Nesse dia, eu estava desanimado, só queria um café forte.

Adentrei o local, e me sentei na mesa, com poltronas marrons da janela.
Os meus olhos varreram o ambiente, e encontrei Kate me observando.

Kate estava com as sobrancelhas franzidas, e com cara de: "O que aconteceu de errado, Josh?"

É, Emma. Era estranho não ir direto ao balcão, e perguntar de você à ela.

Kate cochichou algo para um rapaz, e saiu do balcão. E, para minha surpresa, ela caminhou em passos confiantes até mim.
Se sentou na minha frente, e cruzou às mãos.
Seu semblante era de pura confusão.

Sorri para ela, e fiz o mesmo gesto. Cruzei às mãos em cima da mesa.

- Por qual motivo você está me olhando assim?— Perguntei, e Kate sorriu sem mostrar os dentes.

- É bem estranho você não ir direto até mim, e perguntar o de sempre.— Suas unhas batucaram na mesa.

- Não estou no clima, Kate.— Minha voz soou calma. - Não queria atrapalhar vo...— O sino da porta soou no ambiente.

Minha fala foi brutalmente interrompida, e meu humor mudou.

Fixei meus olhos na pessoa que havia acabado de entrar ali.
Kate acompanhou o meu olhar, e soltou um riso nasalado.

- Acho que sua semana melhorou, Carson.— Ouvi à voz suave de Kate.

Emma, sabe quando sente que tudo acabou de melhorar?
Então, eu senti isso. Senti todos os sentimentos possíveis naquele momento.

Você estava ali, Emma.

Você estava com uma calça rosa, e um moletom da mesma cor. Os seus cabelos loiros estavam um pouco bagunçados. Mas, você estava linda.

Sempre esplendida.

Os seus olhos azuis varreram o ambiente, e em questão de segundos, eles se conectaram com os meus.
Os seus olhos estavam escuros, carregavam um brilho diferente, e nos seus lábios havia um sorriso fraco.

Emma, eu senti duas coisas naquele momento.

Senti que poderíamos dar certo.
Sabe o por quê?
Porque havia destino.
O destino colaborou com nós.
E bem, eu acreditava muito em destino. E, a outra coisa que senti foi receio daquilo. Mas, o receio estava lá no fundo.

Então, eu resolvi escolher o lado do coração, e não o da razão.

Esse foi um dos motivos pelos os quais me ferrei: Escolhi o coração, em vez de escolher à razão.

The Pierce Of Heaven Onde histórias criam vida. Descubra agora