nove

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Havia se passado um mês.

E, passou tão depressa, que eu nem percebi. Porque eu estava ocupado com você.

Era bom ter você por perto, Em.
Era bom, acordar ao seu lado, tomar banho ao seu lado, esperar por você todas as noites, era bom dividir à cama com você.

Todos os dias nesse mês foram exatamente iguais, uma rotina. Uma rotina que jamais me cansaria.

Acordávamos, tomávamos banho, escovávamos os dentes, nos vestíamos para o trabalho, íamos até à Cafeteria, e no final da manhã, você se despedia de mim com um beijo estalado na bochecha.

Ficávamos à manhã, tarde, e às vezes, noites longe um do outro por causa do trabalho.

Era ruim ficar sem você. Mesmo que fosse por algumas horas.

Nesse um mês com você, tive à oportunidade de me apaixonar ainda mais.

E, nesse dia, eu ia te pedir em namoro. Eu havia planejado cada detalhe, tudo.
Mas, nem sempre o destino nos ajuda.

Então, fui para casa, preparei um jantar com algumas velas, vesti uma roupa social, e peguei uma caixinha preta de veludo, que comprei no dia anterior.

E, sim, era um anel. Um anel de compromisso.

Era um anel fino de prata, com algumas pequenas pedrinhas preciosas. Delicado e perfeito como você.

Esse anel havia custado à metade do meu salário do mês. Mas, valeria à pena, não é mesmo?

Só que nesse dia, Emma, o dia em que eu finalmente pediria você em namoro, era a tão esperada Festa da Roose.

Chegou à hora de chegarmos ao primeiro ponto do nosso fim: A festa da Roose.

Pois é, estava tudo preparado. O jantar, as luzes, as velas, e o anel.

Era por volta das 8:00 da noite, de uma quinta- feira, correto?

Era um pouco tarde, e você chegava um pouco mais cedo, geralmente. Mas, nem liguei, pensei que você tivesse no trânsito, ou... sei lá.

Se passou mais uma hora, e você não havia chegado, ou se quer, mandado um SMS.

Então, eu mandei.

Nos primeiros 30 minutos, à mensagem chegou para você, e nem foi respondida.
Depois, de uma hora, liguei 3 vezes seguidas para você. E, às ligações davam na caixa postal.

Um tempo depois, meu celular apitou indicando uma mensagem. Não era você.

Era Roose Richards, sua melhor amiga.

De primeira, estranhei por ela ter ligado para mim. E, de segundo, estranhei novamente, por ela ter me chamando para ir à festa dela. E, de terceiro, estranhei ainda mais, por ela falar que você já estava lá.

The Pierce Of Heaven Onde histórias criam vida. Descubra agora