Capítulo Oito: Daniel

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Eu havia tomado uma decisão, poderia não ser a mais esperta ou ardilosa, mas eu havia escolhido esse caminho, e agora não havia volta.

Lucien para a minha frente e me encara, o apresentador diz palavras distoantes, algo como o vencedor da casa enfim resolver voltar a gaiola, penso que isso poderia ser apenas uma coincidência, mas Kiara havia me avisado sobre o preço que eu pagaria por me arriscar tanto.

Mas o que mais eu poderia fazer?

Em menos de duas horas em meio aos tantos alunos da minha atual escola eu havia conseguido captar toda a vida de Greta, e nada nela me fazia sentir bem, muito pelo contrário, antes da loira me encontrar por acaso na enfermaria seus olhos tristes já me seguiam, imagina-lós novamente triste por perder o irmão mais novo era apenas muito para o meu coração.

No entanto agora eu havia dado um passo longo demais para a minha vida.

Engulo em seco e procuro fingir que não me abalo com a profunda calma que Lucien a minha frente exala.

Ele não está mentindo ou dissimulando como Ty faz a cada momento no ringue treinando com Adam. Não , ele apenas sabe que vai ganhar, e seus olhos me contam que até mesmo o tempo que ele irá levar para acabar comigo é algo que sua mente já trabalha.

O sino soa por toda a área 2, eu espero por um movimento, mas ele não vem, o moreno arqueia sua sobrancelha, um ato de curiosidade ou apenas um desafio, mas mantenho-me parado.

Se vou morrer prefiro não ser o primeiro a dar o passo.

Ele suspira, olha para algo em meio à multidão, e em questão de segundos corre em minha direção, tento me desviar de seu primeiro golpe, mas é um ato em vão, e em logo caiu ao chão tendo seu corpo forte sob o meu.

"O que está fazendo aqui?", indaga-me irritado, seu braço prende-se abaixo de minha garganta fazendo uma leve pressão, mas percebo sua intenção, aos olhos dos que nos assistem ele está se preparando para acabar comigo.

"Morrendo, não vê?", respondo-o. Por mais ridículo que minha resposta possa ser, é melhor do que a verdade.

Ele franze os lábios reconhecendo minha mentira, levanta-se momentaneamente apenas para me socar no rosto, percebo que não é o soco que importa, mas o local onde ele acerta que sangra com facilidade fazendo com que alguns homens urrem comemorando.

"Você é um Jenkens agora, não o mais inteligente, mas ainda é, então faça um favor a si mesmo e salve sua maldita bunda", diz levantando-se.

Ele sorri amargamente e se vira para a multidão. "Preciso dar a ele ao menos uma chance", diz irônico, os homens a sua volta riem, lanço um olhar a Rayn e sei que, se eu sair da gaiola vivo, ele mesmo irá me matar.

Levanto-me e encaro o homem a minha frente, a ironia some de seu rosto quando nossos olhos se encontram, ele quer a verdade, eu tenho que escondê-la.

Greta não era algo que olhos assassinos precisavam ver, muito menos mantes criminosas precisavam pensar.

Ela precisava ficar escondida, por isso ignorar sua existência tão perto de mim havia sido essencial está noite.

No momento em que vi seus cabelos loiros entre a multidão eu soube que meu plano poderia dar errado, porém o loiro - que eu havia descoberto se chamar Thomas - tinha sido mais rápido em tirá-la daqui.

Lugares como Área 2 não tinha espaço para anjos como Greta Miller.

"Não perca o foco", sussurra o moreno a minha frente, a imagem de Greta havia me levado para longe da minha realidade, e era por isso que mulheres fixas não eram permitidas em meio aos Jenkens. "Não posso te deixar viver sem um motivo, garoto", diz avançando, ele tenta acertar-me no rosto, mas é lento - de propósito - e consigo desviar acertando-lhe as costelas em seguida.

YoursOnde histórias criam vida. Descubra agora