Memórias da Alma

Dias contados

Enquanto todos se preparavam para a grande execução dos Minatozaki, ali em baixo da grande fortaleza que era o palácio dos reis do Centro, os confinados esperavam a hora de sua morte.

As selas não eram cheias, mas as pessoas que estavam ali valiam muito mais do que se podia medir.

Em uma delas, o príncipe herdeiro do Sul e a frente, os reis do reino do Norte. O mais surpreendente é que nenhum deles estavam surpresos por estarem juntos, afinal, o que ninguém sabia era que existia uma grande parceria entre ambos os reinos.

Maior do que a parceria de ceder exército e armas, era uma parceria que colocava em jogo a vida de Park Jihyo e seu futuro como rainha.

  — Quando vão me tirar daqui? — Sehun perguntou aos reis Minatozaki

— Sabe exatamente que deve esperar nossa execução — O rei falou ríspido

— Estou cansado dessa cela. Aquela aberração de vocês vai me pagar por me fazer ficar aqui — O sulino falava com ira nos olhos

— Acalme-se garoto. Tudo a seu tempo. Sabe muito bem qual é o plano. Assim que sair, vai poder estar com Jihyo e com aquele bastardo — A rainha Minatozaki falava com frieza

— Messa suas palavras para falar de meu filho! — Lhe interrompeu, com raiva

— Certo esquentadinho... Logo estará com aquela garota e seu lindo bebê e fará ela aceitar a proposta. Você sobe ao trono do reino do Norte e ela pode se livrar da criança, caso contrário, devem se casar e você dominará todos os reinos; afinal é para isso que o reino do Centro serve — A moça falava de forma tão meticulosa que chegava a ser psicopata

Sehun exitou por segundos. A ideia sempre foi engravidar Park Jihyo e depois fazê-la se livrar da criança, mas de algum modo um instinto paterno lhe travava a confirmar com aquilo que já tinha sido planejado há anos atrás.

— Qual é principezinho? Vai dar pra trás quando estamos quase conseguindo o que queremos? — O rei se pronunciou

— Não.... É só que podemos reaver esse acordo. A criança pode ficar comigo, ela não precisará assumir. Direi as pessoas que adotei para ter um herdeiro e ela dirá ao seu povo que perdeu a criança.

O rei Minatozaki soltou uma risada sádica — O garoto resolveu agir como pai agora?  É brincadeira... Moleque, não vai arruinar tudo agora! — Não precisou gritar, apenas olhou para Sehun de uma forma que fez o garoto estremecer

— Sim senhor — Engoliu em seco, nervoso

— E quanto a Sana... Vamos dar um jeito de você se vingar. Apenas cumpra sua parte de herdar o nosso reino e nos absolver. A proposta deve ser feita antes da nossa execução

— Não se preocupe senhor. Tudo sairá conforme o planejado.

Mais para cima, em uma superfície visível, a correria pelo castelo era vista de longe. Criados para todos os lados servindo os reis do oeste e do leste, enquanto Jihyo e seu pai preparavam tudo para a execução.

Sana a essa altura se encontrava longe do castelo dos Park's. Depois da conversa que tivera com sua amada, deixou o castelo e seguiu para a casa de Sunmi e da pequena Seulgi, as quais lhe receberam de braços abertos.

Seulgi lhe contou como foram os dias em que Sana esteve fora e a mais velha fez o mesmo para a menor, contando como foi a experiência com Jihyo e como se sentia em relação a tudo.

— Sabe Seulgi, o amor é um pouco traiçoeiro com a gente. Ele vem, mostra a pessoa e você tem que se virar para o resto — Estavam moendo o trigo, e conversando. Sana Suspirou — É a primeira vez que amo alguém e tem sido muito difícil