Princípios

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As notícias corriam rapidamente pelo reino, todos dos arredores já tinham consciência de que a princesa herdeira havia perdido seu filho e que encontrava-se em condições a se duvidar do seu estado normal.

Em contraposição aos acontecimentos com Sana e Jihyo, havia também todo o preparamento do julgamento dos Minatozaki que fazia o reino todo se mobilizar.

O rei Jung Wook corria para todos os lados resolvendo esses preparativos, enquanto sua esposa se encarregou de cuidar da filha e da convidada que aos olhos do rei do centro, era uma indesejada.

Estavam todos reunidos no quarto de Jihyo, a pedido da própria, dividia seu leito de recuperação com sua amada.

Queria poder sair do quarto, mas a pedido de seus pais, era melhor que ficasse em repouso já que todos os acontecimentos estavam muito recentes e ela precisava se recuperar.

Apesar de se tratar da perda de um filho, Jihyo não estava nenhum pouco abalada, ela não queria aquela criança e não tinha afeto nenhum por ela. Mas, ao contrário, seu pai sofria em silêncio por ter perco seu neto e, sabia que se continuasse como as coisas estavam, ele nunca ia ser avó.

Sana tinha seus machucados todos enfaixados em curativos e panos que tentavam estabilizar sua situação. A mesma já estava acordada e fazia seu possível para não demonstrar que estava com dores, para não ter que incomodar mais, só por estar ali.

O café fora levado para o quarto, já que todos que ali moravam estavam nos aposentos da princesa.

Fora colocada uma mesa ali, para que ficasse confortável para as duas que se curavam e para os reis do Centro que queriam estar junto a sua filha, e para a convidada.

Pareciam como no início de tudo, há um ano atrás, todos sentados a mesa desfrutando do desejum, se preparando para um longo dia.

Apesar de aparentemente tudo estar bem, o silêncio presente naquela  mesa que estavam envoltos denunciava o desconforto que tinham naquele momento. O único resquício de som que se podia ouvir eram os garfos em sincronia dentro dos pratos, ou o colocar da taça na mesa e, nenhum deles fora capaz de quebrar aquele silêncio que parecia gritar de tanta atenção que chamava para si.

Não foi necessário que a iniciativa viesse deles, afinal, um bater desesperado na porta e uma entrada afoita de um dos soldados da guarda fizeram com que o silêncio fora quebrado e a atenção de todos fosse chamada.

Meu rei, minha rainha, — Faz uma reverência — Peço perdão por interrompe-los diante de sua refeição, mas — Ele respirava ofegante por ter corrido os corredores do castelo — sou encarregado por manter a alimentação dos encarcerados e, quando fui levar comida para o príncipe Oh Sehun... — Ele suspirou antes de continuar — ele encontrava-se enforcado com as correntes...

A atenção de todos se redobrou naquele momento, todos estavam surpresos, era uma notícia de tirar qualquer apetite, e, como em uma música os garfos caíram sobre seus pratos ao escutar da notícia, que, por coincidência, teve o badalar do sino da igreja ao mesmo tempo.

O rei lhe olhou exasperado e confuso. Não conseguia entender. O olhar da princesa tinha uma melancolia que não era possível esconder. A norteana ficou de cabeça baixa por não ter reação a qual pudesse demonstrar diante daquela notícia, e a rainha permaneceu imóvel, encarando o soltado que havia trago a informação.

Senhor, nós não conseguimos entender o motivo do príncipe, mas, foi assim que o encontramos. Não sabemos o que fazer diante de uma situação como esta — Novamente o guarda falou

Desacorrenteei ele e dê o corpo para a família. Eles estão tomando café no grande salão, os informe antes de tudo. Eles devem ter a responsabilidade daqui em diante — O rei falava de maneira frívola

Memórias da AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora