Meu prínceso?!

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- princesa Jihyo, seus pais a esperam no salão principal - Disse Irene, uma das criadas da princesa Park

- Já irei descer

- Com sua licença, senhora - Fez uma reverência à futura rainha

Irene se retirou, deixando Jihyo sozinha que terminava de se aprontar. Seus pais, reis da província central, a esperavam para apresentar-lhe seu noivo.

Park Jihyo era só mais uma princesa como tantas outras que tiveram seu casamento arranjado; e agora, no auge de seus 20 anos, deveria se casar.

Tudo começou em uma guerra anos antes do nascimento da herdeira. O reino do Norte, aliado ao Sul, lutavam contra o Centro, Oeste e Leste. Os reis do Centro não viram outra saída a não ser dar a mão de seu primogênito para o primogênito do Norte. E assim fora feito.

Chegara então o tão esperado momento: Jihyo conheceria seu noivo.

A princesa não estava relutante, mas também não estava pronta para se casar. Afinal, 20 anos é o auge da jovialidade. Ela estava neutra, foi preparada a vida inteira para este momento, mas diferente das outras princesas, seu pai sempre lhe criou para que fosse um rei e não uma rainha;Ou seja, diferente das outras princesas, ela sabia empunhar uma espada, usar arco e flecha, sabia se defender sem armas, montar um cavalo e já até liderou pequenos ataques de rebeldes.

Jihyo nunca entendeu essa atitude de seu pai, já que, dita as tradições, quem deveria saber disso tudo era seu marido, que cuidaria do reino. Afinal, o papel de autoridade sempre fora dado ao ser másculo.

Seu pai lhe explicava que ela era inteligente demais para ser mandada por um homem, e que mesmo sendo as tradições do reino, ela deveria sempre apresentar sua opinião e nunca abaixar a cabeça.

Sua mãe dizia o mesmo. Sempre fora incentivada para se apossar de conhecimento, pois ninguém lhe seria capaz de baixar a guarda. Dizia que homens só podiam ser a Autoridade se tivessem uma mulher, mas que Jihyo não deveria ser dessas; ela deveria ser a própria "Rei". E que na verdade, o homem que ficaria de escanteio.

Seus pais eram revolucionários da época, e suas ideias inovadoras sempre foram bem aceitas, dados os argumentos. Jihyo não era diferente. Era uma futurista completa.

Suspirava fundo incontáveis vezes, se preparando para descer as escadarias do castelo e enfim dar de cara com o príncipe que imaginou de todas as formas possíveis. Não que fosse dessas princesinhas que sonham acordadas, mas por vezes,  se pegou sonhando com seu príncipe. Desde o alto e de boa estrutura muscular como seu amigo Sehun - príncipe do Sul - , até o mais desnutrido e envolto em questões como estudo das plantas, como seu primo Heechul.

Sehun era seu melhor amigo, cresceram juntos, brincando de pega-pega e até lutavam com espadas, às vezes. Ele sempre ajudou a princesa no que ela precisava. Treinava com ela ou até mesmo lhe ensinava formas de se defender e de guerrear. Visitavam o jardim, onde tinham dois balanços e por ali ficavam, sentindo a briza no rosto e conversando sobre aleatoriedades. Às vezes até visitavam o observatório do castelo e viravam a noite apenas curtindo a presença um do outro.

Aos seus 15 anos, Jihyo se viu apaixonada por seu amigo. Mas tentou reprimir seu sentimento, já que sempre teve consciência de seu casamento.

Sehun que parecia neutro com tudo isso, também assumiu estar gostando da princesa do Centro, entretanto respeitou a decisão da mesma, e apenas continuaram sendo amigos.

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