Talvez aquilo representasse mais do que duas bocas que pareciam aflitas para nunca desgrudarem, mais do que respirações ofegantes e muito mais do que vários objetos que foram derrubados no trajeto pela casa. Mas quem conseguiria explicar, quando os corações batiam mais forte que o normal e seu objeto de ódio parecia ter se tornado tudo aquilo que você necessitava pra sobreviver?
- Outch! – Pilar reclamou quando algo não identificado caiu em seu pé. Ouviu a risada baixa de Purre em seu ouvido e acabou rindo junto.
- Desculpe!
Ele disse num sussurro enquanto beijava o pescoço de Pili. Não sabiam exatamente há quanto tempo estavam ali, não estavam mais medindo conseqüências de absolutamente nada. Pilar sentiu sua pele arrepiar com os beijos do garoto e o puxou para mais perto, o que provavelmente seria humanamente impossível, roçando o nariz no dele. Encostou os lábios suavemente nos de Giménez , e fechou os olhos sentindo a respiração quente em sua pele. Os lábios de Purre se curvaram em um sorriso, e a garota pode perceber sem olhar. Continuou com selinhos demorados até que não resistiu em aprofundar o beijo calmamente. Não precisavam ter pressa, o mundo não importava. Nada importava. Percebeu que Purre começara a andar de costas e a puxar com ele, ao mesmo tempo que o beijo ficava mais rápido. Parecia que ele sabia exatamente o que fazer, e como fazer. As mãos de Pili já passeavam descontroladamente pelas costas de Giménez , enquanto ele a deitava sutilmente no enorme sofá da sala. Colocou uma perna de cada lado do corpo da garota, sem partir o beijo, e Pilar já começara a arranhar sua barriga por baixo da camisa. Purre começou a sentir o coração bater estranhamente de novo. Mas que porra era aquela? O que aquela garota fazia para deixá-lo daquele jeito? Não teve muito tempo pra pensar, sua respiração estava ofegante demais e suas mãos já agiam sozinhas, apertando o lado da coxa de Pilar e avançando por dentro do vestido que ela usava. Pilar desceu uma das mãos pelas costas de Purre e parou em sua bunda, apertando consideravelmente. O garoto partira o beijo e os dois desataram a rir, completamente sem fôlego.
- Tarada! – Purre disse com um falso tom de indignação e a garota gargalhou ainda mais.
- Eu? Olha onde sua mão está, José Giménez! – Ela respondeu rapidamente e Purre viu sua mão apoiada em um dos seios de Pilar . Começou a rir de novo.
- Elas trabalham sozinhas... – Sussurrou presunçoso e Pili mordeu seu ombro, ainda rindo um pouco demais. Provavelmente devido ao excesso de álcool que tinha ingerido na danceteria.
- Eu acho que eu estou bêbada! – Justificou a risada e Purre mordiscou o lóbulo de sua orelha, fazendo-a estremecer.
- Muito bêbada? – Giménez a encarou apreensivo. Ela não podia estar bêbada, se estivesse, faria coisas de que se arrependeria. Ele não gostava de se aproveitar de garotas, ainda mais de Pilar. Ele também estava um tanto alterado, mas tinha plena noção do que estava fazendo. Pili viu o garoto morder sutilmente o próprio lábio, e achou aquilo extremamente fofo, e bastante sexy. Sorriu.
- O suficiente para saber exatamente o que eu quero. – Respondeu arqueando uma sobrancelha e Purre ia abrir a boca para dizer algo, mas ela o calou com um beijo rápido. – E o que eu quero é você.
Um sorriso tomou conta do rosto de Giménez e ele não disse mais nada. Não precisaria dizer, era péssimo com palavras e ela o acharia um perfeito idiota se ele tentasse dizer alguma coisa. Colou sua boca na de Pili e a beijou de um jeito que ela nunca conseguiria explicar, mas que se estivesse em pé, seus joelhos teriam a derrubado. Purre entrelaçou suas mãos no cabelo da garota enquanto intensificava o beijo. Pilar já desabotoava a camisa de Giménez e ele sorriu percebendo esse detalhe. Começou a subir o vestido – Adorava vestidos, eram extremamente práticos – E parou o beijo encarando a barriga descoberta da garota. Riu pervertidamente e continuou puxando a peça para cima, enquanto beijava seu pescoço.
- Purre ... – Pilar murmurou com a boca colada na dele, sentindo os beijos que já desciam de seu pescoço para o colo.
- Hum.
- Esse barulho tá estranho. – Ela disse baixo e o garoto riu.
- Que barulho?
- Shhh. – Ela o calou com um selinho e os dois ficaram em silêncio, tentando normalizar a respiração. Então Giménez ouviu algo que se assemelhava muito a uma risada. Uma risada bastante conhecida. Pili arregalou os olhos.
- Merda. – Purre sussurrou. – É o Dani.
- E o Santiago. – Pilar completou baixo e empurrou Giménez para trás, ajeitando o vestido e correndo em direção a escada.
- Aonde você vai? – Purre fez cara de pânico e falou um pouco alto demais, mordendo o próprio lábio por isso.
- Pra cima. Fica aí, finge que tá sozinho! – Sussurrou ouvindo a chave virar na porta – Puta que pariu!
- Pili, olha o meu estado! – Ele disse e a garota desceu o olhar para ver um certo volume sob os jeans de Giménez . Gargalhou.
- Liga no Playboy TV. – Respondeu rindo e sumiu escada acima. Purre ficou com cara de nada, mas depois começara a rir e se jogou no sofá. Aquela garota não era normal.
- Mas dude, ela era gostosa pra caralho! – Dani disse entrando em casa e Santiago riu alto.
- Sei lá, eu preferi a morena que eu peguei quando cheguei... Muito mais gostosa! – Saez respondeu acendendo a luz e avistando Purre jogado no sofá. – Puta merda, que susto!
Purre gargalhou.
- Achou que um ladrão tinha dormido no sofá? – Respondeu com a voz tediosa embaixo de algumas almofadas. Dani arqueou a sobrancelha.
- O que você tá fazendo aqui, Purre ? Aliás, você saiu arrastando a Pilar pela escada totalmente revoltado e agora... Tá aqui? O que aconteceu? Cadê ela? – Rosado disparou em perguntas e Santiago segurou o riso.
- Nada, não aconteceu nada! – Purre respondeu de imediato com a voz trêmula – Acabei de chegar, não faço a mínima de onde ela está!
- Mas vocês estavam brigando por quê? – Dani insistiu.
- E desde quando a gente precisa de motivo pra brigar? – Purre respondeu e quase riu, sabendo que de certa forma aquilo era verdade – Eu tava puto porque ela não me deu um recado, sabe da francesa? Ela ligou desmarcando, mas a Pili... A Pilar não me avisou, aí eu fui tirar satisfação! Ela não voltou pra balada? – Purre perguntou contente por ter respostas tão rápidas. Santiago arqueou a sobrancelha.
- Nem, acho que não... – Dani disse. – Vou subir pro meu quarto, infelizmente não é hoje que rola uma festinha lá... Mas aquela ruiva vai se ver comigo amanhã, ah vai! – Disse e os amigos gargalharam. – Beijos nas bundinhas sexys de vocês! – Dani disse com a voz afetada, fazendo Purre rir ainda mais.
- Sua bicha! – Saez disse rindo.
- Eu sei que você me ama! – Rosado respondeu e subiu as escadas.
- Fugiu direitinho meu caro Giménez , passou quanto tempo bolando essa resposta? – Santiago sacaneou e Purre deu o dedo.
- Trinta segundos. Eu sou foda!
- Quem vê pensa... – Santiago riu – Agora me conta, o que houve lá fora?
Purre olhou para a escada, e voltou o olhar pra Santiago. Não sabia o que Pilar estava fazendo lá em cima, se estava se escondendo ou coisa do tipo. Mas queria ir lá saber, queria continuar o que tinham parado e conversar com Saez não era muito promissor.
- Erm... Depois eu te conto, vou tomar um banho... To com dor de cabeça! – Purre desconversou indo em direção a escada e Saez franziu a testa.
- Purre ...
- O que é?
- O que você tava fazendo?
- Eu tava aqui deitado, já falei! – Purre rolou os olhos impaciente.
- Porque sua camisa está abotoada de forma estranha? – Santiago perguntou e Purre engoliu seco – Melhor! Bela marca no seu pescoço, campeão... – Saez gargalhou e Purre arregalou os olhos.
- Arrumei companhia na saída... – Respondeu tentando parecer despreocupado – Tô subindo!
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Summertime - #Pilurre
FanfictionOito amigos embarcam para uma viagem de verão para Riviera Francesa, onde inesperados romances e lágrimas acontecerão e irão te surpreender! ESSA FANFIC NÃO É MINHA, É APENAS UMA ADAPTAÇÃO COM OS ATORES DE "GO! VIVE A TU MANERA" E TEM TODOS OS DIRE...