Capítulo 13: When the lights went out...

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- Ei, dá pra tirar a língua da boca da minha irmã? - Simon chegou na sala, tacando uma almofada em Purre e Pilar , que gargalharam.
- Simon , vai ver se eu tô lá na esquina, vai amorzinho? - Pili disse rindo da cara de indignado do irmão.
- Eu já falei pra vocês: Só passaram quatro dias desde quando eu autorizei isso aí – Ele apontou abanando a mão – Quando der uma semana, eu deixo você dar um selinho nela, dude. Mas só selinhos!
Então a risada de ecoou na sala.
- Pobre iludido... - Ela ria junto com Pili e Purre , enquanto Simon fazia careta – Vai nessa, Simonzinho, vai nessa...
- Ei, o que ela quis dizer com isso? - Perguntou com uma voz afetada, e os olhos de Pili arregalaram.
- Ela não quis dizer nada, chuchu, a Majo é maluca. - Disse entredentes, enquanto Giménez segurava o riso.
- Ai, ai! - Simon já ia começar outro discurso, quando a sala fora invadida por um furacão, que atendia pelo nome de Renata.
- Simon , porque você não cuida da sua vida ao invés de ficar controlando o casal docinho? - Ela disparou, mas antes que Pascual protestasse, continuou – Eu preciso da sua ajuda pra carregar minha sacolas.
- Desde quando eu carrego sacolas pra patricinhas no shopping?
- Desde quando sou em quem pede, e desde quando tem um stand do Beatles Rock Band onde você pode competir enquanto eu me divirto. - Rena sorriu com todos os dentes, e Simon , assim como os demais da sala, ficaram boquiabertos – Acredite, Simon, eu só preciso da sua ajuda quando acabar.
- Você vai me pagar uma coca? - Ele sorriu maroto, e a garota riu.
- Pago duas.
- Até mais galera, comportem-se, vou fazer compras! - Simon disse com uma voz afetada, e ele e Rena riram, antes de sumir do campo de visão dos demais.
Assim que sairam, o silêncio pairou na sala por alguns segundos.
- Ok, fui só eu que achei isso... Estranho? - Purre se pronunciou e as garotas riram.
- Não mesmo. - Responderam juntas.
- Ah... E o que temos com isso, não é mesmo? - Giménez arqueou uma sobrancelha de um jeito malicioso, e Pili riu, mordendo seu lábio inferior.
- Definitivamente nada.
- Ah, adoro segurar vela! - Majo reclamou, fazendo os dois rirem – Se me dão licença, vou comer um doritos, porque ficar aqui já aumentou consideravelmente meu teor de diabetes! - Ela gargalhou.
- Vá a merda! - Pili gritou, olhando por cima das costas do sofá, rindo alto.
- Também te amo, docinho! - A amiga gritou de volta.
- Que folgada! - Pili reclamou, ainda rindo, deitando o corpo por cima do de Purre no sofá.
- Nem ligo... - Ele disse baixo, distribuindo alguns beijos no pescoço da garota, e sorrindo ao ver que ela estava arrepiando.
- Ela vai pagar e...
- Dá pra você ficar quieta? - Purre disse, mordendo o lóbulo da orelha de Pili, que riu baixo.
-Ah, você vai ter que me calar... - Sorriu maliciosa, vendo Giménez rir e aproximar suas bocas.

Quatro dias. Exatos quatro dias desde que tudo estava as claras para Purre e Pilar. Quatro dias praticamente sem brigas – Pelo menos não as tradicionais e sérias. Apenas aquelas briguinhas bobas de sempre, porque por mais que estivessem juntos, ainda eram os mesmos. As coisas com Simon e o resto dos amigos estavam bastante fáceis, e de fato, o surgimento de um casal tão inesperado quanto esse, melhorou o relacionamento dos garotos com as garotas, e vice-versa. Eles não tinham mais tanta implicância em conviverem em harmonia. Cada qual a seu modo, obviamente.

Estavam os oito na sala de estar, comendo hot-dogs e bebendo. Uma chuva torrencial caía do lado de fora, impedindo que saíssem para curtir a noite francesa.
- Ah! - Rena berrou, apertando o braço de Simon. Mais um trovão.
Todos riram ao ver Dani cuspir a Coca, por causa do susto, mas apenas Simon sorriu ao sentir o braço arder um pouco com as unhas da garota. Ele estava adorando aquela chuva, mais dois ou três trovões ou raios, e teria uma Renata em seu colo. Riu sozinho do próprio pensamento.
- Calma amiga, foi só um... Ah! - Caro dessa vez gritou, fazendo com que os amigos rissem ainda mais. Não tinha medo, mas o barulho realmente estava ensurdecedor.
- Garotas... - Santiago murmurou, encarando seu lanche – Purre, segura bem a Pili aí, se seguir a ordem, o próximo grito é dela! - Disse, rindo. Pilar chacoalhou a cabeça, enquanto Giménez a encarava.
- Eu não vou gritar, é só um trovão... - Ela riu baixo, enquanto Rena a encarava de cara feia – Eu não preciso que me protejam.
Purre arqueou uma sobrancelha, enquanto todos riam baixo.
- Ela não é um amor? - Purre disse rindo, enquanto Pili fazia o mesmo – Não quero mais você, vou proteger a Majo. - Disse fazendo bico, e partindo pro outro lado da roda, arrancando uma risada alta da garota.
- Vai lá, se a luz acabar eu dou uns beijos no Santiago, né delícia? - Pilar piscou para Saez, enquanto todos riam muito.
- Ah moleque, perdeu! - Santiago disse, malandro, quando a luz piscou de verdade, por três vezes seguidas.
E depois apagou de vez.
- Ah, dá pra tirar a mão daí, Dani?
- Daonde? Minha mão tá no copo!
- Ei, de quem é essa mão?
- Eu to com medo!
- Dá pra todo mundo calar a boca e alguém achar uma vela ou coisa do tipo?
- Ah claro, porque eu carrego velas comigo all the time!
- Cala a boca!
- Alguma alma pura pode acender a merda de um celular?
- Pili, você tá com seu celular? - A voz de Purre ecoou entre as demais.
- Ela não pode falar, tá muito ocupada aqui comigo... - Santiago disse e todos gargalharam.
- Ai Saez, como você é sexy! Isso, faz assim!
- ALGUÉM ACENDE A PORRA DO CELULAR?

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