our little home. > l.s. (book 2)

cupcakes;

n/a: harry chorando a cada 5 segundos é a minha obsessão, tão fofo

eu ia postar esse capítulo só amanhã pq ja tinha postado um ontem, não vou negar, mas ele tá tão bom que eu decidi postar agora, escrevi de madrugada e chorei no final junto com os dois.

espero que estejam gostando, de verdade. vou precisar fazer um salto de tempo agora pq não tem muita coisa pra escrever depois disso, então já tá acabando :(

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~*~

Pete andava de um lado para o outro na beira da piscina da sua casa em Doncaster, nervoso. Parecia que quando alguma coisa dava certo, outra dava errado. Era oito da noite, e Kate estava apagada na cama porque brincou o dia inteiro com o Golden Retriever dele - que Gemma gentilmente expulsou de casa depois de um acidente com o carpete bege de 12 anos dela -, motivo pelo qual ele teve que voltar para a sua. Ele não se sentia muito bem ali, depois de tudo o que aconteceu, mas também não queria dar trabalho para a sua mãe e seus irmãos.

No entanto, Kate amou a casa, o que o fez retirar os anúncios de venda dos sites e da imobiliária quando ela adormeceu. Ele planejava comprar outra em Londres, construir e decorar do jeitinho que ela quisesse, mas ela ficou maravilhada com cada coisa diferente do lugar, então não tinha motivos para vendê-la. Depois de ser um completo idiota com a garota, ele só queria que ela ficasse confortável com tudo. E era bom ver que ele tinha conseguido pelo menos 1% daquilo.

Ele sentiu bracinhos quentes o envolverem por trás, e a cabeça de Kate encostou em suas costas. Seu ombro estava melhorando, os curativos estavam bem menores agora e ele não sentia dor o tempo todo, por isso nem mesmo tremeu quando ela o tocou.

- O que está te afligindo? - Sua voz sonolenta saiu abafada pelas costas do namorado. Ela tinha um cigarro entre os dedos, que ele pegou e jogou na água acumulada ao redor da piscina, a fazendo resmungar.

- Depois disso... - Ele apontou com a cabeça para o cigarro no chão, se virando para ela e respirando fundo. Não queria contar, mas sabia que não tinha escolha. - Kaya está fazendo o inferno na minha vida, não quer assinar os papéis do divórcio.

Kate colocou as mãos nos bolsos do seu casaco grosso, encolhendo os ombros.

- Ela não vai, Pete. - Seus olhos se levantaram para encontrar os dele. - Pense por um segundo: você quer se separar dela porque quer se casar comigo. Eu, que fiquei grávida do marido dela, e por causa disso ela matou o meu bebê, quase matou você, foi presa, difamada na mídia, gastou uma fortuna na fiança e agora tem que fazer trabalhos comunitários, a filha rica de um dos caras mais poderosos do mundo. E você continua aqui, já conseguiu comprar até uma ação enorme de outra empresa, porque a balança nunca pesa para o lado dos homens. Ela não vai assinar os papéis.

Pete olhou para o chão, um pouco envergonhado. Kate tinha toda a razão.

- Mas nós ficaremos bem. - Ela completou baixinho antes que ele pudesse falar algo, colocando a mãos dentro do moletom confortável dele e encostando suas testas. - Como você disse pra mim, ela não aceitou se casar com comunhão de bens porque... é, ela foi esperta nisso, e tinha toda a razão, você ia se aproveitar de cada pedacinho do dinheiro dela.

Pete queria não ter rido, mas acabou deixando escapar.

- Mas isso tudo é só seu agora. - Ela olhou para a casa. - Teve que fazer sua própria carreira, e ela é demais. Não acredito que estou te defendendo nisso, mas... é, o tiro dela saiu pela culatra. Ela não pode chegar perto do seu dinheiro, mesmo que tenha sido dela no início.

- Do pai dela. - Pete a corrigiu.

- Provavelmente é dela no testamento. - Ela assentiu, como se fosse óbvio. - Mas o testamento é só um pedaço de papel. Assim como casamento. A gente não precisa de papel para isso, Pete. Crescemos juntos, meu pai te odeia, seu irmão namora a minha irmã e meu primeiro beijo e a minha primeira vez foram com você. Acho que isso é bagagem demais para caber em um papel.