Maria:
- Aonde ela está?- Marília pergunta. Ela está usando uma regata amarrada na cintura e um short amarelo.- Ela tá lá em cima.- Henrique responde.- Já chegou chorando.- passa a mão no cabelo.
Ela suspira.
- A situação está muito ruim?- Marina pergunta.
- Ela está ouvindo Lana del Rey no máximo desde que chegou.- eu falo.
- Ok, está sério então. Eu vou subir para saber como minha amiga está.- Marília fala.- Me leva até la, Rick?
- Claro, pode vir.- ele a leva para dentro, junto com a Marina.
Então ficamos só nós na parte de externa. Eu, Bianca e Arthur.
- Que merda, é um saco quando um relacionamento acaba.- o irmão da morena fala, rompendo o silêncio. Ele olha para o lado.- Eu vou ali...é, dá uma volta na casa.
E sai constrangido. Eu o entendo. Resolvo quebrar o silêncio também.
- Oi, Bianca. Como vai?- falo, estendendo a mão. Como ela não aperta, recolho a mão. Se acalme, Maria. Não precisa ser violenta com ela.
Só agora percebi que tem algo estranho na Bianca. Algo marrom, na pele, e ela parece bem extresssada.
- Se você quiser tomar um banho, é a primeira porta do corredor aqui de baixo.- coloco a mão nos bolsos do meu jeans e a outra, aponto para dentro.
- Ah, eu quero com certeza.- fala, e sai voando para dentro de casa, cheirando a chocolate. A viagem deve ter rendido uma história muito boa.
Eu mal consigo acreditar que o Enem já passou, e por incrível que pareça, eu gostei da prova. E o Rick também gostou. Na verdade, ele saiu com um sorriso de orgulho de dentro da sala de aplicação. Agora, é só aproveitar o resultado. E eu nem odiei tanto assim matemática. Tudo bem, talvez um pouquinho.
Entro em casa também. Quando o Henrique me mostrou essa casa perto da praia, eu quis morar aqui pra sempre. Ok, talvez eu deva ter exagerado, mas eu simplesmente amei.
- Linda, você sabe aonde estão as toalhas?- meu namorado aparece no topo da escada, enquanto eu subia para ver a Fernanda. Chego mais perto dele, que está sem camisa e usando bermuda estampada.
- As que eu trouxe, deixei no armário perto da pia.-falo, tirando uma mecha de cabelo preto dele dos seus lindos olhos azuis.
Ele fica calado me olhando.
- O que foi? Tem alguma coisa na minha cara?- pergunto rindo.
Ele ri também, pegando uma das minhas tranças e balançando.
- Como eu fui ter a sorte de te achar?- Henrique me olha profundamente.- Você tá tão linda com esse penteado!- ele me abraça apertado, tirando do chão.
- Ahhhh!- falo, beijando-o- Eu me pergunto o mesmo. Você é um baita sortudo...- mas ele me cala, me beijando de volta.- Preciso ver minha amiga, mais tarde a gente se ver.
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Amigas, Meninos e Clichês
Teen FictionO amor é encontrado nas situações mais diversas, é o que dizem os livros de romances que todos costumam ler. E algumas vezes, a sorte bate à porta e de repente, você se vê vivendo um clichê de livro adolescente. Então, todos vivem felizes para sempr...