MULTIVESE; gritai-me seu nome

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oi de novo, acho que nesse capítulo vocês vão entender mais o que não entendem ainda rs

até!

Se alguém algum dia me pedir para que eu conte minha história e até mesmo montar um livro, eu não acho que serei capaz de explicar em palavras qualquer coisa que já passei durante uma semana. Se um dia eu tinha alguém para fazer meu café da manhã, hoje em dia mal como, se tinha empregada, hoje em dia mal me ajeito, tudo mudou, entrei em um novo mundo que aposto que muitos não conhecem e cada vez mais eu me torno distante do que já não sabia que era. Até porquê, quem eu era? Eu gostava de jogar vídeo game com meu pai, mas não me lembrava de nenhuma fase, mal sabia chegar na escola, minhas notas eram aumentadas por suborno da minha mãe, porquê eu mesma não sabia o que estava fazendo na maioria do tempo.

Há uma semana atrás, eu pensei que iria acordar, viver a vida e voltar pra casa sem lembrar de nada. Há uma semana atrás eu nunca pensei que seria perseguida por adolescentes irritados que nem eu que querem minha cabeça a todo custo.

Mas isso parou e me assustou.

Nunca mais ouvi de Sabina, nunca mais tentei matar ninguém, é como se estivesse vazia e então sem seu controle eu já não soubesse mais o que fazer. Acho que fui violada tantas vezes que não sei ser eu mesma.

Minha mãe me persegue agora, diferente do que eu achava, ela não me queria apenas pra ela. Eu pensava que era Sabina por um tempo, que ela estava hipnotizando tantas pessoas que agora o mundo queria me matar. Mas Bailey me confirmou que se Sabina quisesse mesmo me matar, ela teria feito em um segundo.

Mas isso é diferente, isso é realmente uma pessoa ruim.

Isso é realmente minha mãe.

Eu não sei quantos quilômetros eu corri durante uma semana, mas sei quantas vezes nos coloquei em perigo. Minha mãe me quer de volta não importa o que, ela não quer saber de quem estar comigo, então quem me proteger morre, é simples. Ela colocou pessoas em minha procura, pessoas que estariam dispostas a qualquer quantia que ela oferecesse.

- Vamos embora amanhã de manhã. - Me virei pra trás e vi Bailey caminhando em minha direção. Voltei a fitar minha mão e me ajeitei na pedra que eu estava sentada. Acho que um dos pontos bons de L.A são as montanhas que cada um pode se esconder ou fazer uma trilha. - Você está bem?

Ele se apoiou na árvore um pouco a minha frente, só mais a minha esquerda. Eu ainda podia ver o sol brilhar, como uma esperança morta

Me tornei a garota fechada, sarcástica e arrogante durante em uma semana. Não, Bailey, isso não sou eu.

- Escuta, iremos sair dessa, okay? - Assenti fracamente. - Ao menos eles pararam...

- Eu não estou preocupada com eles, Bailey. Por pouco Krystian não morreu ontem.

As lembranças do meu amigo sangrando nos braços de Shivani ainda me dava calafrios.

- Ele não sou eu, nenhum de vocês é eu. - Levantei meu olhar pra ele, estava atento a mim. - Nenhum de vocês podem se curar, nenhum de vocês sequer deveriam passar por tudo isso.

- Jo, iremos passar por isso juntos.

- Você mataria sua irmã, se fosse preciso.

Ele endureceu a postura e eu senti o calor vindo de seu corpo, como se fosse meu.

- Porquê eu não acho que conseguiria matar ninguém, Bailey. E ainda assim, eu não suportaria ver nenhum de vocês morrer.

Ele não me respondeu, sequer acho que iria, e se fosse, também não iria ter a chance, pois Diarra apareceu correndo logo em seguida.

multiverse; don't let me close my eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora