Eu não sei porquê as piores coisas acontecem quando esperamos o melhor.
Estávamos correndo, Sabina estava ao meu lado, ela segurava minha mão. Lamar e Sina estavam a nossa frente, quando eles viraram a esquina para fugir dos drones da minha mãe, eu escutei um barulho de tiro. Então eu olhei para onde o som tinha saído. Foi bem do meu lado. Krystian e Noah estavam do outro lado, Noah o abraçou e os dois sumiram dali, Sabina segurou minha mão com mais força e eu franzi o cenho ao sentir meu corpo sendo puxado pra baixo.
A última coisa que eu me lembro era que estava sendo transportada para um hospital e que Sabina estava sendo internada nele.
Um tipo no peitoral direito, certeiro, bem como minha mãe iria fazer.
Treze crianças desaparecidas, bom, só eu estava procura. Sabina numa maca de hospital dormindo sedada com um curativo no peito após uma cirurgia de emergência. Ela podia ter morrido.
- Ei, onde você está indo? - Escutei Joshua me perguntar e continuei saindo do hospital. Ela poderia ter morrido, ela poderia ter morrido, ela poderia ter morrido. Esse é o mantra que está em minha mente agora.
Abri a porta que dava para fora do hospital e dei de cara com dois homens altos encostados em um Ranger Rover. Eles tinham as duas mãos na frente do corpo e me fitavam com seriedade.
- Ela está aí dentro?
Um deles negou.
- Onde ela está?
- Nosso dever é te levar pra casa.
Ela podia ter morrido.
Eu neguei com a cabeça, ninguém me tira dela.
- Vocês terão que me matar pra isso. - Eles se entreolharam mas não fizeram nada. - Eu quero falar com ela.
- Terá que ir pra casa.
- Eu não tenho casa. Quem são vocês? Alguém desesperado por dinheiro? - Duas mulheres passaram ao meu lado entrando no hospital e eu me aproximei dos dois ficando cara a cara com eles. - Vocês quase mataram uma garota de dezessete anos, não pesa?
- Temos que te levar pra casa e iremos fazer isso.
Ele fechou a mão em meu braço e eu fitei aquela ação antes de respirar fundo e concentrar em fazer meu braço queimar. Ele tirou a mão no mesmo instante a sacudindo com rapidez.
- Toque-me de novo e eu irei matar você. - Sussurrei com raiva.
- E então a matamos.
Não estava se referindo a mim.
O fitei de cima a baixo e não o dei outra chance de respirar e coloquei minha mão espalmada em sua barriga e deixei o fogo tomar conta dela. Seu amigo arregalou os olhos e se afastou assustado enquanto o outro apenas sentia toda a dor e queimação do mundo, suas veias do pescoço pulavam pra fora, seus olhos vermelhos e expressão assustada mostravam que eu estava fazendo a coisa certa.
Só parei quando ele revirou os olhos e caiu no chão sem vida alguma.
O baque foi satisfatório.
Olhei para meu lado direito e vi que seu amigo já não estava ali, então apenas respirei fundo e me virei para entrar no hospital mas dei de cara com Bailey, Shivani e Diarra me fitando assustados.
Passei por eles com cabeça baixa e entrei no elevador indo para o andar onde Sabina estava.
Eles a matariam, então eu fiz primeiro.
Abri a porta com cautela e a vi de olhos abertos, fracos e opacos enquanto tentava puxar todo o ar que tinha, era quase nada.
Fechei a porta atrás de mim e chamei sua atenção, ela franziu o cenho, logo, negou com a cabeça.
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multiverse; don't let me close my eyes
ФэнтезиEu costumava fechar os olhos, meus pais me diziam que estavam tudo bem, eu não sonhava, nunca sonhei, era como se todas as minhas memórias estivessem apagadas e então eu era quem eles me criavam. Mas então eu a conheci, e consequentemente, descobri...