Capítulo 08

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Era de manhã, e a muito a neve tinha parado de cair, mas as arvores e o chão branco eram o lembrete de que ela voltaria. Tinham vários arqueiros posicionados em locais estratégicos da floresta longe da estrada, mas que tinham uma boa mira, mais na frente havia aqueles que estavam com espadas, facas e lanças prontos para abater qualquer imprevisto, Vidrian fazia parte desse grupo, na estrada tinham pessoas escondidas em buracos. Do outro lado da estrada na mata, a frente um batedor se aproximava do ponto em que Emília estava. Isso queria dizer que o alvo estava perto, se preparou para o que estava por vir.

Dentro de alguns minutos a caravana começou a surgir, se aproximou e quando ficou no ponto de interceptação, os arqueiros sem precisar de sinal, já sabendo quais eram suas ordens, lançaram as flechas, matando a maioria dos cavaleiros, depois surgindo da terra os rebeldes surpreenderam os sobreviventes os finalizando.

Não tinha mais nenhum guarda, agora era a vez deles, descemos todos já pronto para a última etapa. Estavam na estrada quando as laterais dos comboios caíram e revelaram algo que os rebeldes não ponderam prever. Vinte e dois comboios cheios de cavaleiros comuns e entre eles também havia os Cavaleiros Reais com suas armaduras completas, de espadas em mãos e suas capas vermelhas esvoaçando pelo vento frio. Muitos dos rebeldes não acreditaram no que estava acontecendo e foram pegos pela fúria dos cavaleiros que saltaram em cima deles como feras famintas.

Vidrian segurava uma espada, que diferente das espadas de folha longa e pesada dos cavaleiros a sua era fina, leve e em suas mãos era rápida e mortal. Um dos brutamontes veio em sua direção, seu golpe era preciso e rápido, desviou pro lado e antes que ele pudesse atacar de novo, sua espada cortou o ar e o pescoço do brutamontes, a cabeça quicou no chão, suas mãos soltaram a espada, seus joelhos tocaram o chão sendo seguido pelo corpo.

Olhou em volta, era um emaranhado de cavaleiros e rebeldes, estavam em desvantagem com relação a poderio bélico, embora os números dos rebeldes fossem quase os mesmos, mas seu corpo já estava correndo, com um único pensamento em mente, tinha que encontra-la, tinha que está ao seu lado. Cortava os empecilhos que apareciam em seu caminho sem muita dificuldade, ela estava mais para a frente da caravana. Quando chegou onde os condutores dirigiam os comboios olhou em volta e não a viu. Onde ela poderia estar. Foi quando ouviu sua voz, estava mais adiante, começou a correr de novo, as arvores se abriram e revelaram um grande campo aberto.

E ali na minha frente estava ela lutando com um cavaleiro, no chão havia vários corpos, seus sangues marchavam de vermelho a neve branca. E foi nesse momento que viu um dos cavaleiros chegar por trás dela, já sabia o que ele pretendia, e antes que colocasse em pratica seu plano, correu lançando uma adaga direto na sua garganta, fazendo-o colocar as mão ali ao cair estirado no chão, e ainda correndo perfurou na garganta de baixo pra cima atravessando suas costa com um movimento rápido o cavaleiro na frente de Emília, ele seguiu o mesmo destino do outro. Tirou sua espada e o chutou o jogando com os outros. Respirou fundo.

- Não precisava da sua ajuda... - Se virou e a olhou, ela tinha um belo sorriso divertido nos lábios. Retribuiu.

- É, eu sei, é que gosto de me mostrar - ela riu

- Gosta sim - confirmou. Os sorrisos sessaram e apenas ficaram se encarando como se estivéssemos dizendo com o olhar o que suas bocas não conseguiam dizer. Como: "Eu estava preocupada com você" e "Que bom que está bem". Era isso o que realmente queriam dizer uma a outra. Mas então foram interrompidas ao ouvir passos vindo da mata, olharam na direção do som, e foi quando surgiu Licaf.

- Pelo que vejo estão bem - falou olhando para os corpos, ele tinha as roupas e a espada suja de sangue - as duas - falou olhando para a morena com um sorriso sem dentes que logo sumiu quando abriu a boca e disse.

Minha Luz - Romance LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora