Capítulo 1

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Após o fim da batalha de Hades, Athena fez um acordo com os outros deuses e conseguiu trazer todos os seus cavaleiros de volta a vida e como prêmio por terem sido leais até o fim, eles tiveram a chance de voltar como homens comuns, as batalhas já não existiriam mais e é neste cenários que nossa historia vai se passar.

Alguns anos depois....

Camus saiu da boate atônito, magoado, ferido, arrasado, ver Milo dançando daquela forma sensual com Kanon foi muito difícil de aguentar, nada, nada em sua vida doeu mais fundo que ver seu amor nos braços de outro, beijando outro.

O que doía mais era o fato de que ele nunca conseguiria fazer aquilo, Camus nunca conseguiria ir para uma pista de dança e dançar sensualmente com seu amado, assim, na frente de todos como Kanon fez, ele sabia que Milo sentia falta disso, Milo era tão cheio de vida, tão espontâneo, tão alegre...

Mesmo após ter tomado três doses de vodka, o ruivo pegou seu carro e saiu o mais rápido daquele local, não queria que ninguém o visse daquele jeito, foi um erro ter ido encontrar os amigos ali; saber que Milo e Kanon estavam juntos; testemunhar a felicidade deles.

Camus, em geral, era prudente, nunca bebia quando saíam, e todos estranharam o fato dele pedir vodka, uma bebida alcoólica, mas ele queria se soltar naquela noite, queria poder conversar... e quem sabe se entender com Milo, porém, como sempre não conseguiu, as palavras não saíam e ver Milo e Kanon tão próximos o deixou sem ação, então, novamente e ele se calou.

Camus dirigia com lágrimas nos olhos, ele estava só, e assim poderia se dar o direito de chorar, portanto, ele chorou como há muito não fazia, seu peito e seu coração doíam, ele havia perdido o amor da sua vida, como viveria sem ter Milo para amar, e sem ser amado por ele? Sua vida estava uma droga, Issak o destratava e o ignorava e até mesmo Hyoga, estava distante, de que adianta uma vida assim vazia?

Camus estava distraído com seu próprio sofrimento, com sua dor, quando deu por si viu uma luz forte vindo em sua direção, o aquariano não saberia dizer se foi ele quem entrou na pista errada, ou se foi o contrário, tudo aconteceu muito rápido, para evitar bater de frente com o outro veículo, Camus virou o volante para e esquerda e, perdendo o controle do carro que saiu da pista capotando três vezes, caiu num barranco.

Dentro do carro, e ainda de ponta cabeça, o ruivo analisou sua situação averiguando se tinha algum osso quebrado, somente sua cabeça doía, ele sentiu um líquido quente escorrendo por seu rosto, com as mãos tremulas ele soltou o sinto de segurança e se arrastando saiu do carro, seu coração estava acelerado pela adrenalina e talvez por isso não sentia dor alguma, olhou em volta e com alguma dificuldade conseguiu escalar de volta até a pista, precisava pedir ajuda, procurou seu celular e viu que tinha o deixado no carro.

"Ah! Camus que confusão você arrumou?" pensou o ruivo, quando viu um carro se aproximando fez sinal para que o veículo parasse. O Pajero preto parou e Camus se aproximou da janela do carona, mas o susto ao ver quem estava dirigindo o veículo o fez dar alguns passos para trás.

– Radamanthys – sussurrou o ruivo.

Sim, dirigindo o Pajero estava o ex. juiz de Hades ou ele ainda estaria a serviço de Hades? Camus não saberia dizer, visto que Hades reinava no mundo dos mortos, por qual razão ele daria vida a um dos seus?

– Olá Camus de Aquário, ou Camus du Versau, como prefere na sua língua natal. Nossa... vejo que se feriu, está tudo bem? Quer ajuda? – Perguntou calmamente Radamanthys como se fossem amigos que se viram há pouco tempo.

Camus estava pálido e pelo susto ao ver Radamanthys ali ele não conseguia dizer palavra alguma, Radamanthys saiu do carro se aproximou de Camus olhando bem em seus olhos. - Vamos entre eu vou levá-lo para casa, você não me parece nada bem – pediu o loiro dando ao ruivo um lenço para ajudar a estacar o sangue que escorria de sua cabeça.

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