Capítulo 13

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Capítulo - 13

— Então, como ele está? - Perguntou Shaka a Mu assim que chegou a tarde do dia seguinte no apartamento de Camus.

— Está melhor, voltou a falar, mas está numa tristeza de dar pena. - Contou Mu.

— Vá pra casa Mu, hoje teremos a festa do Aioros e do Shura, vamos ter que contar aos nossos amigos o que se passa com o Camus e, bom... teremos muito trabalho para controlar o Milo, - Shaka sorriu - se bem que eu acho que o remédio que o Camus precisa é daquele escorpiano encrenqueiro.

Mu concordou e sorriu, - Espero que Milo nos perdoe pelo nosso silêncio.

*_*_*_*_*

Assim que Mu saiu, Shaka foi ao quarto de Camus.

— Boa tarde Camus! Como se sente? - O virginiano perguntou indo em direção às janelas e as abriu fazendo a claridade entrar no quarto.

Camus apertou os olhos para se acostumar com a claridade repentina antes de responder. - Estou bem, não precisa se preocupar.

— Que bom que está bem, quero que fique na sala um pouco, quero arrumar o seu quarto. - Shaka usou essa desculpa para fazer o amigo sair do quarto, e também para arejar o ambiente, o virginiano era muito místico e acreditava em energias e ficar trancado num quarto escuro não faria bem a ninguém, principalmente a alguém doente.

— Não precisa se preocupar Shaka, não é sua obrigação fazer isso e logo a moça que limpa meu apartamento virá.

— Hare, Hare! Que tipo de amigo acha que eu sou? Não me custa fazer isso, agora sem reclamar, pra sala! - Shaka usou seu habitual tom arrogante, sim aquele que ninguém conseguia se opor. Camus não teve outra saída a não ser obedecer.

Com a ajuda de Shaka foi para a sala onde o indiano havia arrumado o sofá confortavelmente com alguns travesseiros.

Camus passou a tarde na sala, Shaka o fez comer sob a ameaça de levá-lo ao hospital caso Camus não se alimentasse direito.

E antes de Shaka ir embora, Camus já havia se alimentado, já estava de banho tomado, e assistia tv na sala, não, este não era um passatempo comum para Camus, mas ele não tinha ânimo para pensar em fazer outra coisa.

— Camus, hoje é a festa do Aioros e do Shura, você vai querer ir? - Perguntou o amigo já prevendo a resposta.

Camus somente negou com a cabeça.

Shaka fez um gesto de compreensão com a cabeça e continuou. - Estarei com meu celular ligado, assim como o Mu e o Aldebaran, por favor, não hesite em ligar caso sinta alguma coisa, ok?

Camus concordou, pois sabia que se não o fizesse talvez o amigo deixasse de se divertir.

— Saindo de lá, virei direto pra cá, certo?

—Shaka, realmente não precisa. Estou bem.- Camus não terminou a frase ao ver o olhar firme de Shaka, simplesmente não adiantava discutir.

Quando se viu só em seu apartamento, deitou-se no sofá e se cobriu com uma manta deixada pelo amigo, estranhamente Camus sentia frio, enrolou se na manta e se aconchegou no sofá.

Na tv passava uma comédia romântica adolescente, que Camus começou a assistir, riu em alguns momentos e se emocionou em outras partes, mas, quando a mocinha do filme recitou seu poema, Camus não pode evitar que seus pensamentos fossem para o seu Milo, pois as razões pela qual a moça usava para odiar o rapaz eram as mesmas que Camus usaria para descrever suas implicâncias com Milo...

Odeio o modo como fala comigo

E como corta o cabelo

Odeio como dirigi o meu carro

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