Capítulo 9

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Camus não saberia dizer se foi pelo susto ou por não estar entendendo nada, o fato é que não tentou se afastar do gesto bruto de Milo e se deixou levar para o quarto.

— Quantas vezes eu já falei com você sobre isso? Quantas vezes eu já falei que te olhavam, te cobiçavam? - Perguntava Milo sacudindo Camus pelo braço.

Quando chegaram ao quarto Milo entrou ainda segurando o ruivo pelo braço, Camus estava mudo e olhava de Milo para seu braço, deixando claro com o olhar que não estava gostando daquilo.


Milo o soltou, mas ainda praguejava alto andando pelo quarto e dando socos nas paredes e nas portas. - Eu devia ter matado aquele filho da puta!

— Milo vai me contar o que houve ou vai passar a noite inteira assim? - perguntou Camus sério, pausado e frio como era seu jeito de se defender.

Milo olhou com raiva - O Matteu ele te viu nu, ele... ele – o escorpiano socou a porta do guarda roupas.


— Milo a menos que os móveis tenham algo a ver com o que aconteceu eu vou pedi para que os deixe em paz.- falou Camus já sem paciência.

O loiro respirou fundo tentando se acalmar, - Camus eu... - Milo colou a testa na de Camus e começou a falar, - nós estávamos lá jogando quando o safado do Matteu começou a falar que tem interesse em você, que te viu nu.

— Matteu com interesse em mim? Milo ele poderia estar brincando só pra te tirar do sério, sabe como ele é, - tentou contornar o aquariano.


Milo olhou o namorado nos olhos e num movimento brusco o virou de costas fazendo o ruivo ficar de frente para a parede, encostou o corpo no dele e falando em seu ouvido.

— Acredite em mim quando eu digo que você mexe com as pessoas, aquele "carcamano" estava dizendo que na viagem do ano passado, enquanto ele estava passando em frente ao nosso quarto viu a porta aberta, viu você sair do banho, com uma toalha enrolada ao corpo, depois viu você passar creme no corpo - Milo falava rouco no ouvido do ruivo roçando seu queixo no pescoço do outro, - ele viu você tirar a toalha e descreveu seu corpo e como sua bundinha é perfeita, linda e branca.


Camus ainda tentava assimilar o que havia acontecido na sala, todas as coisas que Milo tinha dito e se perguntava, como tudo aquilo havia se tornado um jogo de sedução?

Enquanto falava Milo despia Camus primeiro desabotoando sua camisa, acariciando seu peito, logo abriu o zíper da calça e a abaixou, com uma mão livre encontrou o membro do ruivo.

Camus ainda confuso não reagia aos toques do namorado.

— Ele disse que ficou de pau duro vendo essa bundinha, - Milo falava sussurrando e apertou as nádegas do ruivo que gemeu - aí... ele disse que me viu chegar e se afastou - Milo encostou seu falo duro na entrada de Camus, - quando ele voltou me viu fodendo essa sua bunda, e você estava gemendo como um viadinho - neste momento entrou de uma vez, sem preparo ou aviso.

Camus gritou de dor.

Tentou se mexer, sair, porém Milo o prendeu pela cintura e segurou seus braços, ficou parado esperando que o ruivo se acostumasse com o intruso.

— Você vai ser castigado Camus... por ficar nu sem tomar cuidado para que ninguém o visse assim, só eu Camus, só eu tenho este direito. Entendeu? - o loiro falava ainda sussurrando e lambendo o pescoço do ruivo.

Camus não saberia dizer quem era mais pervertido, Milo que passava da fúria para o mais perverso jogo de sedução ou ele próprio que no meio deste turbilhão de acontecimentos conseguia sentir prazer em ser tocado por Milo, mesmo de forma bruta.

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