Capítulo 11

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Capítulo – 11

Foi até o lugar e viu os cacos no chão, o que aquilo significativa? Seria um aviso de Radamanthys? Ou será que nada daquilo foi real?

Sentou numa cadeira confuso, estava pálido.

— Camus já colocou a mesa? O jantar já está pronto... - Shaka parou de falar vendo o amigo sentado com um ar confuso, - Camus você está bem?

O ruivo nada respondeu, estava confuso, nem ao menos ouviu Shaka se aproximar.

Shaka imaginou que talvez o ruivo estivesse passando mal novamente, se aproximou de Camus e, com a voz calma, perguntou ao lhe tocar o ombro: - Camus, está bem? Sente alguma coisa?

O aquariano apenas o olhou confuso enquanto balançava a cabeça negativamente.

— O que está sentindo? Me fala. - Pediu Shaka tentando manter-se calmo.

— O copo está quebrado e... eu não sei... Isso é real Shaka eu estou... Eu estou doente? Será que isso é real? - Camus falava confuso.

Shaka estava começando a se assustar com o jeito de Camus.

— Eu não quero morrer Shaka... Estou fazendo tudo certo, não estou? O tratamento... a escola... Estou lutando, não? - Camus falava desconexo e com a voz emocionada.

Shaka segurou a cabeça de Camus colocando uma mão em cada lado, o fazendo olhar em seus olhos. – Camus, você não vai morrer, tem muito que viver ainda, tem os seus alunos e a sua escola que ficaram desamparados sem você. Tem a mim e a seus amigos que o amamos e tem três pessoas especiais que te amam muito e sofriam muito se você ousar nos deixar.

Ao ouvir as palavras do amigo Camus perguntou: - Está enganado. eles não... Não me amam... nem ao menos me querem por perto.

— Camus, acho que nem eles sabem mensurar o quanto te amam, estão afastados porque acham que você é eterno, não sabem do seu estado, por isso que acho que devia falar com todos, passar por isso junto com eles e...

Shaka não concluiu, foi cortado por Camus.

— Não posso Shaka, não posso! Se eu falar pra eles e... - Camus se emocionou, - se eu sentir que eles estarão ao meu lado somente por pena ou obrigação... não ia aguentar e talvez sucumbisse de vez.

Obviamente Shaka não entendia as reais razões de Camus, achava que era somente orgulho.

— Camus, não se envergonhe de precisar de ajuda principalmente das pessoas que ama.

O ruivo balançou a cabeça. - Você não entende, não é orgulho pelo menos não só orgulho é... deixa pra lá, vamos jantar sua comida está com numa cara ótima. - Sugeriu Camus mudando de assunto, o copo estava quebrado por alguma razão, "talvez seja Radamanthys tentando me perturbar" pensou Camus, que levantou disposto a não cair em qualquer tipo de provocação.

Shaka o ajudou a pôr a mesa, eles jantaram em silêncio Camus não estava com fome sentia-se enjoado, mas comeu o que conseguiu para valorizar o trabalho que Shaka estava tendo.

Acabado o jantar Camus tentou fazer a cabeça de seu amigo, para que ele fosse embora cuidar de suas coisas, mas Shaka insistiu que ficaria ali aquela noite, e se tudo fosse calmo no dia seguinte ele deixaria Camus "em paz".

O ruivo não tardou a se recolher, estava se sentindo cansado e sentia, mesmo que não reclamasse, muitas dores no corpo.

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Milo saiu do escritório no fim da tarde, esteve muito abatido e nervoso durante o dia, não havia rendido no trabalho, sua cabeça estava em outro lugar, precisava conversar com alguém, alguém sábio e sensato.

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