A fuga

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Ele finalmente me deu uma resposta, mesmo parecendo muito confuso. As mãos dele tremiam. Ele não tinha casaco.
  - A gente precisa do dinheiro! - Eu estava conduzindo ele ao roubo? Não ! Ele era 1 anos mais velho. Eu não podia fazer tudo sozinha.  Ele me olhou, mais uma vez assustado e balançou a cabeça .
- Não!  Não posso , o Sr Devin vai...
- Ele não vai poder fazer nada , já estaremos longe... você quer fugir como? Você tem outra opção? Tem dinheiro em algum lugar? - Eu disse como se ele fosse o culpado de eu estar ali.
- Não ,não tenho ...tá você tem razão... Vem.
   Isso! eu sentia que controlava ele. Ele correu entre as mesas,  pegou minha mochila . Abriu a caixa registradora com toda a força, como se fosse uma criança livre. Jogou o não muito dinheiro dentro da bolsa.
Entramos na cozinha, pegamos papel alumínio e enrolamos bolos, tortas e tudo de comida que coubesse dentro da minha mochila .
Eu peguei uma garrafa de água e uma de vodka . Eu tinha que aproveitar isso.
- Qual é o seu nome?- com as mãos trêmulas apagando as luzes.
-Emy. Emy Loues. Prazer ! - Disse eu, com a mão estendida a ele como se a gente tivesse se conhecendo na fila de um banco.
- Prazer ! - Ele apertou a minha mão, com um sorriso um pouco inseguro.
- Vamos pra rodoviária,o primeiro ônibus sai as 4:30, com sorte e pressa conseguiremos pega-lo.
Ele se importou em desligar a energia e deixar um bilhete ao tal Sr. Devin. Virou a placa de "aberto" pra "fechado" . Trancou a porta e...

- Me dá aqui...
- Perai o que você tá fazendo ?
   
      Joguei a chave num bueiro, era pra garantir que ninguém nos alcance .
- Mas porque?
- Vem garoto!

   Eu estava apreensiva, mas agora era bom estar com alguém tão louco quanto eu.

Longe de casaOnde histórias criam vida. Descubra agora