4. Verdades

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DIAS ATUAIS

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DIAS ATUAIS

Ao amanhecer olhei pela janela a minha cidade natal de Sacramento, e um sentimento ruim me abateu quando percebi o motivo de estar ali. Minha grande amiga morreu e nada mais poderia ser feito a respeito disso. Mas o que havia acontecido afinal? Entrei na internet procurando alguma notícia do que houve, de alguma coisa diferente, mas ainda não continha nada nos sites de notícias. Peguei meu celular e mandei mensagem pra Christian meu noivo.

— Oi amor, está tudo bem sim. Beijos

Era só isso que eu queria dizer a ele naquele momento. Não estava com cabeça para carinhos ou qualquer outra coisa, a não ser o turbilhão de lembranças que aquele lugar me fazia ter sem aviso algum. Metade de tudo aquilo que aconteceu fiz questão de esquecer, como ódio e o vexame que passei com Tom. O abalo da minha amizade com Chris e muito minha amiga Lisa sempre me dando atenção especial entre uma lágrima e uma risada.

PASSADO

— Ana, eu preciso falar com você — disse Tom num misto de sussurro e num misto de ordem me segurando no corredor da escola.

Havia chegado atrasada naquela manhã, pois uma correria naquela semana me fez perder a hora e todos os corredores estavam vazio quando olhei em volta, com certeza todos já estavam em sala.

— O que faz aqui Tom? — perguntei assustada tirando meu braço das mãos dele.

Aquela manhã ele estava como sempre muito bonito, seus olhos claros e um perfume amadeirado deixava o ambiente com seu cheiro. O fato dele estar sempre bem arrumado agora fazia todo sentido para mim, a suposta homossexualidade dele talvez o fizesse sempre ser muito vaidoso.

— Olha Tom, não temos muita coisa para conversar. — Eu disse tentando sair.

— Eu preciso conversar com você Ana...

— Mas a gente nem é amigo. E por sinal você já nem estuda aqui, o que faz no colégio afinal? — perguntei percebendo esse fato.

— Eu vim pegar alguns documentos que faltam pro meu curso e...

E eu muito inocente perguntei.

— Que curso você conseguiu? — Acabei esquecendo que estava muito brava com ele e que não o perdoara pelas palavras.

— Direito, mas eu não quero falar sobre mim. — Tom me fez lembrar de seu mau-humor diário e do porquê eu evitava falar com ele, mas foi interrompido pela Sra. William, a inspetora.

— O que a senhorita está fazendo fora da sala?

— Desculpe, sra. William, eu cheguei atrasada e não pude entrar em sala.

— E o senhor? Nem estuda mais aqui, vamos já pra secretaria os dois...

E naquele momento meu ódio cresceu. Eu não precisava de um aviso e não poderia levar advertência, minha bolsa no futuro dependia disso.

VERDADE E CONSEQUENCIA ( DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora