P.o.v Mallu

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20:00, Califórnia.

Estava procurando um biquíni no meu imenso closet que quase não encontrava o que devia. sua cor era azul claro. Olho-me no espelho, dou uma volta e senti apertado demais, mas não vou tirá-lo, ele era bonito.
Pego meu short sob a cama e visto, para não ficar muito vulgar.
Desço as escadas e sigo para a área da piscina, onde estavam Ariel e Luan.
Luan estava ajeitando a churrasqueira que havíamos comprado, ele parecia meio confuso.
Ariel estava trazendo um suco natural de laranja e põe sob o balcão.

- Ele vem com a irmã? — Ari pergunta e eu assenti. — Quantos anos ela tem?

- Ela é bem pequena, tem seus 5 anos. — Disse simples

A campainha toca, me olho no espelho do corredor antes de abrir e destravo a porta.

- Oi! — Ele sorri e me dá um beijo na bochecha.

Olho para baixo e vejo ela, a coisa mais fofinha que podia vir.
Com seus olhos mais azuis que a cor do mar, cabelos dourados. (Mídia)
Nathan abaixa, ficando do mesmo tamanho dela:

—Júlia, essa é a Mallu.  — Ele diz atenciosamente e ela olha para mim um tanto tímida. — Aquela que te falei.

— Oi, Júlia! — Acenei para ela e sorri

— Oi. — Ela responde analisando a casa inteira

— Provavelmente ela achou a casa bonita... — Ele diz e eu ri

Vou conduzindo eles até a área da piscina e ao caminhar, a pequena Júlia faz uma pergunta inesperada.

— Nathan? — Ela pergunta tocando no braço, inclinando sua cabeça para cima para conseguir olhar em seu rosto.

— Sim?

— A Mallu é a sua namorada?

Ela pergunta e fico surpresa. De repente ouço uma risada alta da Ariel e ela logo diz:

— Até que para uma garotinha de 5 anos ela é bem esperta!

ri e neguei com a cabeça.
Nathan fica envergonhado e também nega. 

— Não. Mas poderia! — Riu

Ambos que estavam ali se cumprimentaram e sentamos juntos para conversar. Nathan falou de toda sua família e o porquê da Júlia estar com ele. A resposta era porque seus pais haviam viajado por duas semanas para a Bélgica. Quem me dera!

— Então, amanhã vocês tem aula? — Ele pergunta

— infelizmente sim. — Digo num tom entendiante. Mais entendiante porque irei ter que ver a cara do desgraçado.

— Minha sorte é estar grávida. — Ari sorriu

— Acontece que isso é algo super errado. eu também vou ser pai, concordam? Deveria ter algum afastamento para mim também, mas não... — Luan diz e nós faz rir

- Já falamos sobre isso, mas você insiste e vou lembrar novamente.
Por acaso você vai dar á luz, senhor Luan? — Ari pergunta e revira os olhos.

- Já falamos sobre isso, mas você insiste.  E por acaso você fez com o dedo, senhorita Ariel?— Luan responde irônico

Sempre era o mesmo diálogo.

— LUAN! — mesmo querendo rir o repreendo, o olhando pelo fato de estarmos com uma criança entre nós.

— Oh, claro. Desculpe! — Ele mesmo ri

— O que estamos esperando para entrar na piscina? Você vem comigo, Júlia?  — Pergunta Ari, fazendo Júlia sorrir e ir com ela.

Ariel tira a roupinha da pequena e deixa com um biquíni fofinho, pega uma bóia que não sei de onde ela tirou e coloca entre o corpo da garota. Elas entram na piscina e  ficam conversando sobre algo divertido.
Aquilo me fez pensar no quanto ela seria uma boa mãe, e falta tão pouco tempo...

Nós fomos os próximos a entrar na piscina, ficamos brincando de guerra de água com a Júlia, dando atenção a pequenina que estava se divertindo.
Por um tempo demos uma pausa, e eu saio da água pelo frio, pego meu roupão e sento-me na cadeira de bronze. Nathan me seguiu e sentou-se comigo, na mesma cadeira.

- Por que saiu? — Ele perguntou confuso.

- Estava com frio.

- Ah! — ele levanta às sobrancelhas. — Poderia dar um jeito nisso... 

Ele trás seus lábios próximos aos meus e nos beijamos, enquanto ele passava a mão pela minha coxa.

— Você está com sua irmã! — Digo após o longo beijo, sabendo o que ele queria.

— Sim, verdade.  Mas isso não é um problema, daqui a pouco ela dorme feito um anjo. — Ele diz e volta á beijar meu pescoço, enquanto eu torcia para eles não verem.

(...)

P.o.v Noah

Trabalhei pela tarde na mesma lanchonete de antes. Ainda bem que sobrou alguma coisa para me manter, e espero que o dono me deixe lá por mais tempo, mesmo depois de deixá-lo na mão.
Passei pela praia e encontrei o Josh, que falava do quanto lamentava o meu término com a Mallu.
Até ele me fazia lembrar, e isso era uma droga.  Bebemos uns drinks com mais amigos num bar próximo, e fui para casa às 22:30.

Estava cansado, passo pela cozinha dando passos lentos e vejo minha mãe  assistindo tv.

— Não vai comer, filho?

— Não. Tô sem fome! — Respondo e ela já faz uma cara de quem vai me dar uma bronca.

— Já estava bebendo por aí?

Ela sabia que quando não me alimentava, eu estava cheio de álcool no corpo, como ela diz.

— Sim, mas foram só alguns drinks.  Só estou cansado... — Vou até ela e dou um beijo em sua bochecha e subo para meu quarto.

Deito na minha cama, pego o celular e visualizo algumas mensagens.
Uma delas era a Karen me chamando para dormir em seu apartamento, mas ignorei. Vejo algumas postagens, e arrastando o dedo  para o lado no tédio,  de repetente vejo os stories do Luan.  Estavam eles com uma garota pequena e o Nathan, nesse exato momento na área da piscina se divertindo.
o malandro estava tão próximo deles assim? com certeza vai dormir lá e... odeio pensar nisso.
No meu quarto, havia um quadro pequeno posto na minha estante, ao lado alarme.
O quadro era a Mallu e eu no cruzeiro segurando a medalha de campeões abraçados.
Aquilo me fez refletir o quanto aquele tempo era bom. onde não existia obstáculos profundos, onde sentia que me amava a cada batida do seu coração, onde agora parece que somos distantes há anos. Abaixei o quadro para não avisar aquilo.
Ela já estava com outro, e esse era o bem dela apesar de toda raiva que tinha. Logo senti uma precisão de sair, então tomei um banho, vesti uma roupa, colocando um perfume agradável e resolvo ir até a casa da Karen.  Passo pela sala apressado e minha mãe me observa.

— Não estava cansado, Noah? — Minha mãe pergunta, irônica

- Passou. — Ri — amanhã estou de volta, te amo!

Acenei e tranco a porta.
Pego a moto e sigo até o apartamento. Passando pelas ruas, não esquecendo da foto que vi, estava próximo da casa da Mallu. E era exatamente aquilo, o carro do filho da mãe era reconhecível, estava estacionado lá.
Acelero, e vou até o apartamento.

— Oi, você veio! - Ela dá um sorriso e me dá um breve beijo.

— Você não sabe o que está rolando, consegui assinar um contrato de mais uma campanha com o Phelip e estou mega feliz! — Ela diz empolgada, trazendo em suas mãos um champanhe com taças e põe em minha mão.

— Ah, isso é ótimo. Fico feliz por você, meu bem! — Sorri

Brindamos e ela vem para cima de mim, e logo saquei a tal comemoração, deixando tudo rolar.







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