P.o.v Mah

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Quando Noah saiu pela porta, meu mundo foi á baixo. Me joguei na cama e bato no travesseiro sem conseguir parar o choro. Logo ouço a Ariel entre a porta:

— Mah, você está bem? Quer conversar?

— Eu só quero ficar sozinha.

Respondo.

Á noite foi em claro, minha mente produzia um filme, um verdadeiro filme que eu já havia assistido antes.
Pensava em todos os momentos que passamos, do início até aqui.  Todos as belas noites, as lindas palavras que pareciam ser verdadeiras, os maravilhosos encontros que foram quebrados por essa atitude cometida por ele.  Na manhã seguinte, acordo lentamente, limpo os olhos e sigo para o meu banheiro para fazer as higienes matinal, desço as escadas sem ânimo algum, mas precisava me alimentar.
Ariel e Luan estavam na mesa em um momento fofo de beijos e abraços, e eles me olham chegar e desfazem o sorriso logo preocupados comigo.
Ariel me olhava abrir a geladeira e percebo que queria falar alguma coisa. Pego o leite e despejo no meu copo, levando diretamente a boca.

— Você não conseguiu dormir, né? — Ariel pergunta.

— Estou tão horrível assim?

— Seu olhos estão inchados. Sabemos que passou á noite inteira chorando! — Diz Luan. — Nós chegamos á ouvir algumas coisas e...

— Sim, é isso que estão pensando. — Respiro com dificuldades e continuo— Ele chegou á revelar o verdadeiro Noah para mim de um jeito inacreditável.  Disse que não havia mudado, que havia me traído, não só uma vez, mas várias vezes e que só queria transar por um tempo...

— Ele enlouqueceu de vez? Eu vou matar aquele desgraçado! — Ariel levanta da cadeira brava.

— Se você não fizer isso, quem fará sou eu. Que filho de uma... Ah, não era de se esperar, não mesmo! — Comenta Luan nervoso — Ele foi um tremendo moleque! Noah tem seu jeito de playboy desde sempre, mas quando se tratava de relacionamentos, ele parecia ser diferente com você.

Tento levantar a cabeça para não deixar às lágrimas caírem, Ariel chega mais perto e me dá um abraço forte.

— Hoje em dia, infelizmente, não esperar nada de ninguém é a maneira mais fácil de evitar decepções. Mas sabe o que é bom? Você fez o que deveria fazer. Foi fiel, se entregou, riu, chorou, amou de verdade. Então, sinta-se orgulhosa disso.

— Eu sei, obrigada. — Mas torna-se inevitável se olhar no espelho e não gostar do que vê, eu me sinto horrível. Sei que ele me trocou por qualquer das garotas, ou talvez, uma melhor que eu. — Término de tomar meu leite.

— Acontece que não existe garota mais linda que você, Mah. Todos ao seu redor sabem disso, sabem o que você tem de especial, sabe a beleza e o seu coração enorme. Muitos garotos dariam o de tudo para ter o que ele tinha, que era você.  Ele fez isso, mas sei que irá se arrepender amargamente. Sabe por quê? Porque amanhã á noite, iremos a festa do Josh e você vai se arrumar,  pôr um salto e ficar mais linda do que já é, e vai dançar como se não houvesse o amanhã.  — Diz Luan empolgado,  e consegue me arrancar um sorriso.

— Sim... — Ariel ri. — Amiga, você sabe que essa não é a primeira vez que nós dois estamos aqui com você te ajudando por conta de mais um término de relacionamento. Nós sabemos que é difícil, mas olha para trás... Você superou todos, e conseguiu fazer isso muito bem! Você é forte, já passou por coisas piores e ninguém merece tirar esse seu lindo sorriso. Então, estamos com você.

Eles pegam em minha mão que estava sob a mesa e sinto um enorme conforto.  — Muito obrigada, eu amo vocês!

(...)

Sábado, dia da festa.

Fico em frente ao espelho me sentindo perfeita, coloquei um vestido prata, colado curto com decote, cujo estava vulgar demais.  Procuro meu salto preto básico e calço. Acho que estava pronta, o cabelo estava concluído junto com a maquiagem e a roupa.
Saio do quarto, caminho até a sala e vejo Luan e Ariel batendo palmas, e eu solto uma risada.

— Mallu, você tá perfeita!

Ariel diz empolgada, mas ela e o Luan com certeza seriam o casal mais lindo da festa. Ela usava um vestido vermelho solto dando total volume á sua barriguinha e com um pouco de decote, seu cabelo solto brilhava naquela cor.  Luan estava com uma camiseta branca e calça jeans preta, com um estilo rasgado no joelho e seu cabelo no lugar.

(...)

Lá estávamos nós, o portão abriu automaticamente e alguns gritam com a nossa chegada. Só consegui avistar pessoas da escola, mas havia muitos garotos que faziam meu estilo, que por sinal, me olhavam frequentemente.  Mas de uma coisa era certa: pessoas loucas e bebidas não faltavam.

Já cansada de tanto ficar em pé e sem beber nada, decidi ir até ao bar montado estrategicamente próximo a entrada da casa, peguei uma gim- tônica e sentei em um dos bancos presentes em frente ao balcão.  Sinto um cheiro reconhecível, e a voz mais ainda.

— Um Whisky, por favor.

Inclino minha cabeça para o lado, e percebo que é o Noah.








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