16- queda da escada

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Cheguei em casa e logo a Paulinha veio correndo dizendo que a Carvalho entrou na minha casa e foi até meu quarto e começou a quebrar algumas coisas e não tinha como ela fazer nada
- senhora eu tentei impedir
- impedir quem?
- a senhorita Carvalho
- onde essa maluca está?
- no seu quarto senhora
- tudo bem eu resolvo
- Gomes, deixa que eu vá falar com ela
- não se meta nessa história Fernandes, eu já quero bater na sua " amiguinha" já faz um bom Tempo, ela entrou na casa errada.
Assim, subi as escadas correndo e parei na porta do meu quarto
- o que você pensa que está fazendo Fernanda?
- olha a vadia ladra de namorados chegou
- a única vadia que eu estou vendo aqui é você
- sua puta o Eric é meu
- se ele é seu vem comigo eu te levo até ele, pois ele se deitou comigo aí mesmo onde você está e está me esperando lá embaixo para repetir a dose.
- sua puta
Ela veio pra cima de mim, só que eu luto já faz um tempo então sei me defender muito bem, dei cada soco na cara dela e puxei ela pelos cabelos até a escada, não esperava ser pega de surpresa.
- liga pra polícia Paulinha, temos uma criminosa aqui.
- sim senhora
E prontamente ela me obedeceu
Achei a Carvalho quieta demais, até ouvir ela falando
- se ele não vai ser meu, seu ele também não será.
- o que?
Ela me puxou escada a baixo, bati a cabeça e tava vendo tudo em câmera lenta, o desespero na cara do Eric e da Paulinha a dor em cada parte do meu corpo e a minha vista ficando turva, só escutei o Eric gritar chamem a ambulância.
Vi policiais entrando e depois não me lembro de nada.
Passou alguns dias talvez não sei, acordei com a voz do Eric
- me desculpa eu deveria ter ido atrás de você
- não se preocupe com isso. Falei baixinho e com dor na garganta
- aí meu Deus! Vou chamar um médico
Médico? Como assim? Há quanto tempo estou aqui? E onde eu estou?
Vi ele saindo e retornando com uma enfermeira
- oi Gomes, sou a enfermeira Priscila a doutora Ana está presente daqui a pouco
- há quanto tempo estou aqui?
- já faz três semanas
- nossa
- seu corpo precisava de descanso e você teve febre direto então te internamos para ficarmos de olho em você.
- tudo bem, quando vou poder voltar pra casa?
- assim que fizermos alguns exames e se estiver tudo ok você pode ser liberada amanhã mesmo.
- obrigada.
Não falei mais nada, não tinha nada para falar, só que ele tinha
- fala de uma vez Eric
- você vai morar comigo
- não vamos não
- você vai sim, depois do que eu vi E outra assim vamos enganar as pessoas para que acreditem na nossa mentira
- tudo bem, só que você que vai se mudar para a minha casa.
- acho melhor na minha, na sua casa você está sempre desprotegida.
- nem sempre, tenha respeito e aí minha cabeça
- vou chamar a enfermeira
- não precisa, só cala a boca
Ele por incrível que pareça ficou calado. E não consegui me manter acordada por mais tempo então dormir. Só que eu acordei chorando e o Eric me olhando com uma cara de ódio.
- por que voce está me olhando assim?
- quem é a porra do Carlos?
- onde você ouviu esse nome?
- nesse seu sono com o seu caso eu ouvir você chamar pelo nome dele,então me diga quem é o filho da mãe
- não é ninguém importante
- se não fosse ninguém, você não chamaria ele.
- nós não temos nada Eric, então não me venha cobrar algo que não temos
- você é a porra da minha namorada
- é de mentira babaca, agora me deixe sozinha. Ele saiu batendo a porta com ódio que achei que a porta fosse cair.
Eu tenho que controlar meus pesadelos, ele não devia saber sobre esse meu lado assim. Não deveria saber de nada.
Não consegui dormir E deu o horário para sair do hospital, depois de vários exames feitos consegui sair no mesmo dia, concordando com tudo que a médica dizia.
- alguém vem lhe buscar?
- não, eu vou pegar um táxi
Escutei ele dizer
- negativo, não se preocupe doutora me Trasei um pouquinho, só que já estou aqui. Vamos querida
- vamos sim lindo
Saímos do hospital e eu falei
- me deixa em um ponto de táxi, não precisa se matar tanto para se fingir de bom namorado.
- só cala a boca Gomes
- não calo não, só quero chegar em casa então pare em um ponto de táxi.
Ele não me escutou e me levou direto pra casa, assim que eu entrei a Paulinha me abraçou o Pedro também  e já foi tudo trocado no meu quarto.
- senhora o seu quarto com o Fernandes está arrumado
- obrigada
Subi e vi a cama de casal, abri meu guarda roupa e havia várias coisas do babaca ali, o que ele pensa que está fazendo.
- me mudei pra cá já faz um tempo
- tudo bem
Não estava afim de falar com ele
- você não quer conversar?
Apenas balanço a cabeça
- olha vamos morar juntos até tudo acabar e eu conseguir recuperar a minha empresa.
- saia
- agora está falando
- por favor sai daqui, quero um tempo sozinha
- depois a gente se fala
Ele saiu do quarto e eu me coloquei a chorar, ele só se importa com isso? Eu irei ajudá ló só que não vou ficar com ele pra sempre.
Deitei e chorei, já estava na hora da janta e ele entrou no quarto
- venha jantar, não te acordei mais cedo por que queria você descansada
- tudo bem
- teve pesadelo?
- não
- que bom
Não sei por que ele se interessa, já que ele saiu do hospital com raiva.
- coma
- tá
Comi, tava precisando de um banho só que estava fraca, não falei nada, só que ele parece ler a minha mente.
- você quer um banho?
- sim, poderia chamar a Paulinha
- poder eu até posso, só que não vou fazer isso.
- como é que é?
- é isso mesmo, eu vou te dar banho
- de modo algum, chama a Paulinha
- não tenha nada aí que eu não tenha visto.
Ele não sabe que me machucou, sei que eu o feri também o tratando mal, por que ele está sendo tão bonzinho? Eu não mereço esse carinho.

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