Príncipe de dois reinos

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BAKUGO

O Izuku me levou até uma rua de casas feitas com mínimos detalhes na madeira de carvalho. Era uma rua linda. Caminhamos um pouco até chegar em uma casa perto do gigantesco castelo branco do reino do inverno. O esverdeado bateu na porta e um garoto de cabelos ruivos arrepiados abriu a porta e ele me encarou bem curioso. Certamente não entendia nada do que estava acontecendo. 

Izuku: Kirishima, seu pai está? 

Ruivo: Está no castelo e você já devia saber disso. 

Izuku: Ele vem hoje? 

Ruivo: Não. Como você fugiu do castelo outra vez a noite? 

Izuku: Longa história. Mas posso ficar aqui essa noite? Eu preciso ajudar o Katsuki a se esconder. 

Ruivo: Katsuki? Pera, esse não é o nome do príncipe do verão? 

Izuku: Pra resumir... O Katsuki tem duas semanas de vida e eu prometi que ajudaria ele a descobrir como é ser feliz porque ele não sente sentimentos e... 

Ruivo: Han... Tudo bem. Entrem. 

O Izuku mora no castelo? Como assim ele fugiu outra vez? E porque ele devia saber que o pai daquele ruivo está no castelo? Ele estava escondendo algo muito grave, mas não iria estragar a animação do esverdeado. Quando eu entrei na casa do ruivo, vi que o Izuku não se sentia confortável apesar de já conhecer o tal de Kirishima. 

Eu: Ainda está preocupado? 

Izuku: Não é preocupação. Mas é estranho falar com alguém que sabe quem eu sou. 

Eu: Pelo visto eu sou o único que não te conhece aqui. 

Ruivo: Que coisa feia, Midoriya.

Izuku: Kirishima, você não está ajudando, sabia? 

Ruivo: Usem o terceiro quarto a esquerda. Vai ser melhor pra vocês conversar. 

Izuku: Podemos conversar lá? 

Eu: Quer mesmo conversar? 

Izuku: Acho que não posso mais esconder isso de você. 

Caminhamos até o quarto que o ruivo falou e o Izuku se sentou na cama, o que significa que vem algo pesado. Se tem uma coisa que eu aprendi com a dona Mitsuki foi isso, sempre que alguém se sentar pra conversar com você é coisa ruim, ou é castigo. 

Izuku: Kacchan... Desculpa... 

Eu: Porque está se desculpando, hein? Até parece que tentou me matar. 

Izuku: Não faça brincadeiras sobre isso, Kacchan. 

Eu: O que você anda fazendo pra me pedi desculpa? 

Ruivo: Ei, ei! - entrou no quarto rápido - Precisam sair daqui. Meu pai está vindo atrás de você. 

Eu: O que? 

Ruivo: É um... - puxou o botão da camisa do esverdeado - Era um rastreador. 

Izuku: A mamãe é... 

Eu: Pode ao menos explicar? 

Izuku: Depois explico. 

Ruivo: Saíam pela janela. Corre o máximo que puder até a floresta, onde a Ashido está. 

Izuku: O que? Não posso ficar em florestas, Kirishima! 

Ruivo: Se ficar, o Katsuki vai ser culpado por você ter fugido. 

Izuku: Droga! Vem Kacchan. 

Pulamos a janela e corremos por um caminho diferente, e então o Izuku me puxou na direção de uma floresta onde iríamos se esconder. Chegando lá, vi o esverdeado cair de joelhos e vi uma garota rosada se aproximar. O Izuku me olhou e se levantou com dificuldade, o que me deixou surpreso. 

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