26. Narrador

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No fim, Cinderella decidiu fazer o que sua amiga havia dito. Talvez, tenha bebido demais aquela bebida - que ela desconfiou que tivesse álcool naquele momento. Sentia uma energia estranha lhe percorrer, seu coração estava acelerado.

Se afundou no meio da multidão e andou em direção a Nate. O puxou pelo braço e enlaçou seu pescoço com as mãos. Sem entender, ele apenas sorriu.

- Será que enfim estou ganhando seu coração, bela Cinderella? - Nate perguntou ao pé do ouvido de Ella, fazendo-a sorrir desconfortavelmente.

- Talvez.

Cinderella observou o quanto Jack e Beatriz estavam perto deles e puxou Nate para ainda mais perto de seu corpo. Tinha certeza que sua atitude estava sendo infantil, mas não conseguia raciocinar naquele momento.

De repente, seu olhar se encontrou com o de Jack. Ele estava sério e vermelho como um tomate, e Cinderella apenas continha um sorriso malicioso em seus lábios.

Ela não sabia mais o que estava fazendo, apenas sabia que não queria mais parar.

Suas mãos se entrelaçaram ainda mais ao redor do pescoço de Nate, enquanto as mãos do garoto tratavam de apertar sua cintura algumas vezes. A música em volume adequado apenas deixava o momento ainda mais propenso.

Então veio o que Cinderella e nem ninguém esperava. Com os olhos de Jack presos aos seus, a garota de cabelos cacheados beijou seu mais novo amigo, Nate.

Não um beijo de amigo, daqueles que se dá apenas na bochecha, mas um beijo que ela esperava dar em um garoto pelo qual sentia algo. Um beijo que ela não havia planejado, e muito menos com Nate. Com base na bebida ou pela adrenalina que percorria em seu sangue. Ela não sabia o motivo, apenas fez.

Seus olhos se abriram e fitou o jeito que Jack a olhava, assim como algumas pessoas ao redor. Aquilo estava sendo tão ridículo. Ela precisava parar.

Separou seus lábios dos de Nate e o empurrou com leveza. O garoto lhe fitou sem entender absolutamente nada.

- Nate, eu... eu não devia ter feito isso. Eu só... desculpa.

Cinderella se enfiou no meio daquelas pessoas, se desviando e esbarrando em algumas, até chegar na escadaria que levava para seu quarto. Assim que abriu a porta com violência, avistou Sammy na porta do banheiro e totalmente sem camisa.

Quando o garoto iria perguntar algo, Ella apenas entrou no banheiro e fechou a porta, fazendo um alto estrondo.

- Ella, tá tudo bem?

Sammy perguntou mas não ouviu nada. Apenas se ouvia uma respiração descompassada e acelerada do outro lado da porta.

- Sammy... - sua voz saiu como um gemido. Um gemido baixo e sofrido.

- Você precisa de alguma coisa?

- Não. Eu só... só quero ficar sozinha. Por favor...

Ella sussurrou. Sua voz falhava vez ou outra, como se estivesse chorando silenciosamente. Sammy queria insistir. Talvez, até mesmo, abrir a porta e conversar com ela, mas apenas respeitou seu pedido. Andou até a porta e saiu. 

Quando Ella ouviu seus passos se distanciarem, suspirou e soluçou. Estava chorando e ao pensar no que tinha acabado de fazer, chorou ainda mais. 

Chorou por ter feito algo que nunca pensara em fazer. Chorou por pensar em Jack, por pensar na possibilidade de ela estar com Beatriz. Chorou por ter beijado seu amigo, Nate. Chorou por não se reconhecer naquele momento.

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acho que um novo sentimento está surgindo no coraçãozinho da ella cof cof

o povo no twitter surtando depois que a Ariana disse que amava o Brasil, e ainda há aqueles que dizem que ela odeia só pelo fato de nunca ter anunciado que viria... old

Cinderella • 𝐉𝐚𝐜𝐤 𝐆𝐢𝐥𝐢𝐧𝐬𝐤𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora