Capítulo 13 | revisado

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NOTAS DO AUTOR
Oi queridos leitores! Desde já obrigada a todos que estão acompanhando a fanfic.
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Agora encontro refazendo a postura no sofá de casa, limpando a garganta, como também as mãos suadas nas pernas da calça jeans. O advogado diz algo e sacudo a cabeça meio relutante com tudo que ele acaba de me propor, meus olhos vagueiam por todo meu apartamento por três segundos, até pararem na janela na outra extremidade da sala, estou pensando em silêncio.

O homem à minha frente é implacável, sinceramente?, eu não esperava menos de um cara designado a defender os interesses do todo poderoso Sasuke Uchiha. E mesmo que Sasuke não esteja presente, mesmo que tenha mandado apenas seu advogado, sua aura me ronda feito um espectro. Ele não está interessado no meu senso do que é certo, apenas em fazer as vontades do seu cliente intransigente.

"A senhorita não deveria se empenhar um pouco mais, para que possamos levar este caso adiante, da melhor forma possível?" O tom de censura do advogado me oprime, ele é incisivo, arbitrário, e direto. Levanto a cabeça para olhar para ele enquanto junto as mãos sobre os joelhos, e no instante em que abro a boca para dizer alguma palavra eu sou interrompida.

"Tudo o que tem a fazer na frente do juiz é alegar que Hyuuga Neji a assediou por diversas vezes durante o tempo em que trabalhou para ele, e não apenas o episódio do beijo." Sasuke não omitiu nenhum detalhe mesmo. "Faça isso de maneira crível. Na verdade, você não precisa ser um anjo com um anel luminoso sobre a cabeça para um juiz ter a certeza de que está dizendo a verdade, não somos crianças aqui, convenhamos que Neji Hyuuga já está mais sujo que pau de galinheiro. Vai ser como bater em cachorro morto." Anui com os olhos fechados, a maneira com que esse advogado fala comigo, me deixa desconfortável.

"Não é bem assim." respondo de maneira irritada.

"Perdão!?" ele diz rispidamente mesmo procurando manter a educação.

"O senhor me trata como se eu fosse uma criminosa no segundo em que entrou por aquela porta, por acaso Sasuke não disse quem eu era? Não gosto da maneira como fala comigo. Como se eu fosse lixo" o advogado ri, e isso me humilha.

"Meu trabalho é garantir os interesses do meu cliente, seu ponto de vista não interessa ao caso. Não preciso ser legal com você." disse sem floreios. Eu ri de indignação, era inacreditável ouvir aquilo da boca de um advogado, o pensamento dele se tratar de algum amigo próximo de Sasuke atravessou minha cabeça, porque do contrário, não estaria agindo tão desrepeitoso assim. Eu não sou uma vagabunda aqui. Ou eu sou?

"O que mais me preocupa é que haja exposição deste caso na mídia." ele me observa com olhos faiscantes, como quem entendesse onde eu estava querendo chegar. "Não quero em hipótese alguma envolver o nome de Sasuke nisso tudo" gesticulo para o ar, "Tenho medo das pessoas descobrirem que estamos saindo, e começarem a falar coisas ruins." O advogado levanta uma sobrancelha e se afasta da mesa jogando sua caneta sobre a papelada, encostando as costas no sofá enquanto abotoa o terno. Abusado.

"Isso vem depois." ele diz rolando os olhos de mim de uma maneira profissional. "Meu cliente não deve aparecer de todo modo." O advogado diz descruzando as pernas juntando sua caneta e papéis. "Nos próximos dias o Hyuuga deverá receber uma intimação em casa, portanto, vamos aguardar um pouco até a nossa primeira audiência." É a ultima coisa que ele diz se colocando de pé ao lado do sofá. Faço o mesmo guiando-o até a porta. "Nos vemos em breve." ele diz por último.

Mais tarde, perturbada com esse assunto e com certa claustrofobia de ficar no confinamento de meu apartamento, pego minha bolsa e saio. Desço as escadas e sigo para o estacionamento, pego meu carro e dirijo sem rumo pelas ruas de Manhattan, afastando para o lado os meus sapatos para poder sentir os pedais com mais firmamento sob a sola dos pés descalços.

Vendida para mim (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora