"Toda vez que ele sai pela porta da frente eu me pergunto se ele nunca vai voltar, eu não posso ajudá-lo mas adoro o sabor do perigo, baby. E o uivo e o vento. E a áspera de suas mãos ."
(Caught Out In The Rain)
Segui para fora do quarto vestida com as mesmas roupas da noite anterior, com o intuito de ir para casa. Estava com as partes íntimas ardendo, trazia a minha bolsa na mão ainda sentindo na língua o gosto amargo de remédio, misturada a fastiosa sensação de fome no estômago.
Segui andando em um passo de caminhada lento para o elevador no final do extenso corredor. Apertei o botão de chamar o elevador, olhei de relance por sobre o ombro para um ponto relativamente longe, observei uma mulher jovem igual a mim saindo de um outro quarto. Ao sinal das portas abrindo-se, eu retornei a olhar para a frente.
Meus olhos correram para o meu reflexo, e pensei que seria legal parecer menos amarrotada para o caso de surgir alguém importante dado ao luxo do hotel, de fundo, apenas a musiquinha irritante me acompanhava.
Fixei os olhos na porta até ver o elevador abrindo. Naturalmente, continuei a caminhar para as portas largas do hotel afim de pegar um táxi lá fora, eles sempre ficam amontoados na fachada dos hotéis esperando uma madame rica cheia de malas, que não era o meu caso.
Eu levava apenas a minha dignidade condensada em um pequeno recibo bem valioso dentro da bolsa. Na portaria, me direcionei diretamente para a janela de algum taxista quando alguém atrás de mim interrompeu minha voz no último minuto,
"Com licença" Era um chofer de terno e luvas, e eu me virei para perguntar o que ele queria.
"Sim." Respondi olhando nos olhos do homem com toda educação
"Estou aqui para levar a senhorita aonde quiser ir, é uma cortesia." Sorri para ele achando surpreendente que a organização do leilão tivesse feito um gesto tão bom comigo, deixando um carrão à minha disposição.
"Oh! Esta certo." disse me encaminho para a porta aberta de um sedã de luxo à minha espera, "Não esperava que fossem deixar um carro disponível para quando eu quisesse ir para casa." comentei toda feliz, "Nem sabia que isso estava inserido no contrato", o motorista me encarou com educação polida, pelo retrovisor:
"Meu chefe me orientou com base em suas características." crispei as sobrancelhas inclinando a cabeça cheia de dúvidas;
"Seu chefe?" repeti a frase, ele me confirmou.
"Correto, sou o chofer do Sr. Uchiha Sasuke." Uchiha o quê? Quando abro a boca para perguntar quem é o sujeito, descubro na hora, precisando nem perguntar.
"Ah, sim, sim. Entendo." Naquele momento senti uma pontada no meu estômago, e gostaria que fosse apenas fome.
[...]
Chegando em frente ao prédio onde moro, onde eu aluguei recentemente um canto em meio a minha crise financeira atual.
Agradeci ao motorista pedindo para ele repassar meu agradecimento ao chefe dele, por ter sido extremamente solícito.
Já dentro do meu apartamento eu deixei as chaves da porta suavemente em cima do mogno da sala, depois, segui diretamente para o meu quarto me higienizar adequadamente, porque havia tomado banho antes do nascer do dia.
Vesti um pijama surrado e fiquei a ler algumas informações na internet, circulando dentro do apartamento até parar na cozinha onde acabei preparando ovos mexidos, bacon, e fatias de pão assadas na torradeira.
Uns minutos mais tarde me encontrava sentada no canto do sofá de dois lugares umedecendo o encosto com cabelos úmidos. Mordendo uma torrada olhando principalmente artigos sobre a "NYFA", onde passei boa parte da minha vida querendo me graduar.
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Vendida para mim (Concluída)
Hayran KurguEu estava obstinada a fazer qualquer coisa em prol de realizar o meu sonho, e o que era para ser apenas uma noite por dinheiro acabou se tornando um marco na minha vida. Eu iria apenas vender a mim mesma para um multimilionário, realmente pensei que...