Vendida para mim (Concluída)

Capítulo 17 | revisado

Guiei minhas mãos por puro reflexo até seus antebraços afastando-a de perto de mim. Ao passo que Mei me direciona um olhar de genuina confusão, e me confronta com expressão inquisidora e pertinente, limpo a mão na boca contaminada pelo sabor do beijo dela, raspando os dedos pela raiz dos meus cabelos. Ela ri sem mostrar os dentes logo se virando, depois de encarar meu corpo atormentado, de cima a baixo, e sustentado o olhar no meu membro prontamente disposto.

Me refaço dentro de mim mesmo tentando acalmar meu corpo que reage, direcionando minha atenção para a sacada ventilada, perturbado com a visão de sua bunda curvilínea e a cavidade pequena, onde me enterrei tantas vezes, ficar evidente no ato dela apanhar o roupão do chão. A encaro novamente apos ela cobrir a pele repleta de sardas bem pigmentadas. Pigarreio resvalando os dedos pelo queixo. Porra.

"Me rejeitando dessa forma Sasuke..." riu nasalado deixando clara o descontentamento com minha atitude "Eu não entendo." declara amarrando o roupão, e nesse momento, torno a olhar para ela diretamente. "Parece que é um cara fiel afinal de contas. Sua namorada tem sorte."

"Eu sou um homem verdadeiramente fiel, Mei." encaro seus olhos redondos e azuis celestes enquanto Mei se abanca na cama, palpando a textura do colchão sob as palmas das mãos como se me convidasse, não há como frear o flash de memórias que tenho de nós.

Os cabelos molhados naturalmente ruivos vão abaixo da cintura fina, não é novidade eu achar esse tom de ruivo sexy, pois evidencia ainda mais sua pele de porcelana. Maneio a cabeça para os lados minimamente cerrando os olhos sem que Mei veja. "Como foi a viagem?" indaguei me movendo até a poltrona ao lado da porta corrediça, sentando-me.

"Foi bem, obrigado. Sou imensamente grata por ter oferecido este quarto de hotel Sasuke, eu esqueci completamente de fazer uma reserva com antecedência, e sabe como essa parte burocrática me estressa." explicou gesticulando, mexendo nos cabelos graciosamente, com muita naturalidade e simpatia.

Mei sempre foi uma mulher atraente e capaz de provocar sensações em um homem com seu olhar, a paixão que eu senti por ela no passado foi arrebatadora, eu fiquei completamente enfeitiçado, mas ela foi descuidada e me deixou, consequentemente segui em frente. "Desculpe perturbar você assim no meio da noite, eu realmente não tinha mais para quem ligar." riu.

"Claro, não há problemas quanto a isso. Em outro momento ofereceria a minha casa, você morou lá por todo o tempo que passamos juntos. No entanto, eu estou em outro momento na minha vida amorosa, não é oportuno. Por outro lado, você pode ficar aqui o tempo de que precisar, é o mínimo que eu posso fazer em consideração ao que vivemos juntos." declarei naturalmente movendo a mão, Mei realinha a postura e suspira.

"Pensei que isso nunca fosse acontecer." disse, girando inconscientemente um anel precioso no dedo "Não consigo evitar não passar ciúme de saber que você me superou, perder isso não é fácil. Todo esse tempo, e eu ainda fico pensando na gente até bem tarde da noite, se eu pudesse voltar no tempo!" disparou de um modo como lembrasse um tempo distante, sustendo um sorriso bobo nos lábios, repleto de sentimentos.

"De qualquer forma, estou aqui para o casamento do seu avô, a convite dele." deu de mãos, unindo-as sobre o colo. "Fiquei contente por ter sido convidada por você, para irmos juntos a festa. Pensei que pudesse significar um sinal." deu de ombros. "E sobre o que aconteceu ainda agora..., me desculpe."

"Realmente não foi minha intenção dar esperanças a você, Mei." esclareço apoiando-me nos braços da poltrona erguendo-me. Não podia passar mais tempo ali;

"Ainda sente têm sentimentos por mim?" anui, enfiando as mãos nos bolsos.

"Carinho, e respeito." digo em resposta esperando ela erguer-se para me acompanhar até a porta. Toco meu queixo parando a um passo, vendo-a virar a maçaneta "Só mais uma coisa." peço e ela crispa o sobrecenho.