Capítulo 29 | revisado

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Na manhã seguinte, antes mesmo do horário habitual que costuma acordar, Itachi se encontrava dirigindo seu esportivo pela área residencial mais famosa de Manhattan, extensa, repleta de arranha-céus ostensivos misturado a casas luxuosas.

Ele estaciona na fachada correspondente a residência do irmão, abre a porta e de maneira ágil deslizou-se para fora e a fechou-a com um baque.

Itachi trajava um terno completo, cinza claro feito sob medida e com riscos sutis, destacando seu belo corpo esculpido. Locomovendo-se com o mínimo de gestos, por baixo do terno, usava um tipo de camisa xadrez vermelho profundo, que ficaria ridículo em qualquer outra pessoa menos nele.

Subiu os degraus de granito que o levaram para o interior da casa de Sasuke, passou pela cabeça que o irmão pretendia fazer algo, talvez já tivesse até descoberto o endereço de Sakura, e ele precisava saber para tentar impedi-lo de aproximar-se dela.

Nos últimos meses cuidou secretamente de seu anonimato, sem transições financeiras diretas, sequer o registro de moradia em seu nome, mas sim, em seu próprio. Sakura poderia passar o resto da vida sem Sasuke descobrir onde ela estava...

Cruzou a porta principal imponente andando livremente pelo hall, o som de passos ressoou pela vastidão do espaço disposto à sua frente, elevando o rosto para o alto da escadaria bela, e vazia, enquanto com um um olhar analíticio buscou vestígios do irmão, virando-se para a sala de jantares onde Sasuke faz as refeições após malhar furiosamente todas as manhãs.

"Sasuke já tomou café?" Itachi indagou para a jovem mulher uniformizada que lhe abordou, não havia um fio de cabelo fora do lugar em seu coque apertado e sua roupa marfim dava indícios de sua função naquela casa.

"O senhor Uchiha não dormiu em casa, senhor Itachi." declarou e o moreno anuiu inexpressivamente passando a mão pela barba rala do queixo, algo que lhe dava um ar rebelde e sexy. Era frequentemente chamado de mauricinho, tanto por seu status social elevado e preocupação com a aparência. Virou as costas se encaminhando para fora da casa do irmão, com uma pressa desenfreada.

Palpou o celular no bolso frontal e buscou o número do irmão, ligou várias vezes mas dava direto na caixa de mensagens. Droga... Destravou o carro, puxou a porta deslizando-se para dentro, e com certa rapidez arrancou pela rua a uma velocidade ameaçadora.

[...]

Acordei com o barulho da campainha tocando, espremi os olhos para ver as horas na tela trincada do celular constatando nem serem 6 da manhã ainda; quem será uma hora dessas... reclamo ao passo que andejo descalça, cruzando a porta aberta do quarto. Antes de chegar a porta, a campainha toca outra vez. Me inclino para frente e vejo se tratar de Itachi. Só podia ser...

"Itachi, tá fazendo o que aqui essa hora?" indago com a voz de quem acabou de acordar, e ele olha através de mim como se procurasse por algo. "Está tudo bem?" pergunto bocejando e ele passa os dedos pelo cabelo.

"Está sozinha!?" crispo o sobrecenho e confirmo, não tenho certeza se abri espaço para ele poder passar, mas quando me dou conta, Itachi já tem se infiltrado em meu apartamento. Ele circula pela minha sala, me submetendo a um certo incômodo.

"Por que perguntou se estou sozinha? O que está acontecendo, vai dizer, ou não?" perguntei fechando a porta com um baque calmo, voltando-me para ele. Vejo-o sentar em meu sofá me fitando com olhos intensos.

Me encosto na superfície alta do outro sofá e sento no braço, percebo o olhar de Itachi contornando meu corpo e subir de vagar, até meu rosto. Visto um pijama inadequado para receber alguém em casa, me sinto nua. Quem diabos esperava? "Meu deus, para de me secar." advirto; ele limpa a garganta.

Vendida para mim (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora