Vendida para mim (Concluída)

Capítulo 18 | revisado

Abro a bolsa e apalpo as chaves, destravando o alarme entre os dedos enquanto me direciono para fora do prédio. Distingo meu belo Porsche estacionado entre outros dois na vaga reservada. Desço os degraus cuidadosamente, dando uma rápida olhada para os lados da rua. Continuo andando, acelerando o passo até alcançar a chave na porta do carro e abri-la. Ponho minha bolsa no outro assento e tiro os sapatos com os calcanhares, expirando forte.

Estava começando a sentir a fadiga mental após ler tantos documentos, e minha coluna, não menos ferrada, pedia por uma cama, ou quem sabe um alongamento. Mas agora teria duas horas de almoço livres só para descansar.

Então me lembro de Sasuke me dizer que me encontraria na casa dele. Solto o ar ainda mais forte e deslizo minhas mãos pela direção, relaxando os ombros tensos. Ameko sequer tocou no assunto quando mencionei o casamento; parecia não estar à vontade para falar a respeito.

[...]

Apoio brevemente o cotovelo na janela, passando os dedos pela raiz do cabelo esperando o sinal esverdear, distraída, e com uma calma inexpressiva no rosto, vejo o aglomerado de pessoas passando diante do carro. Faltava pouco para chegar na casa de Sasuke, logo pensando que, certamente, não gostou de eu tê-lo despachado. Suspiro fazendo o carro arrancar em em curso.

Cruzo a agitação, atenta às traseiras dos veículos para não estragar meu carro, logo virando à direita na 58th Street, entre a Madison Avenue, e a Park Avenue, e por pouco quase deixo de perceber o imponente prédio qual eu passava no momento, era justamente o Grand Square Garden hotel, lugar onde minha virgindade foi comprada por Sasuke.

Meu cérebro ferve desatando recordações sobre àquela noite em particular, fico longos momentos recordando tudo do inicio ao fim, e percebo o quanto mudei em questão de tempo. Já não era mais aquela garota bobinha de antes, era bom de certa forma, ganhei experiência e principalmente um homem que me ama verdadeiramente. O pensamento ganha movimento mas se dissipa, logo a figura do hotel fica para trás.

Chego frente a bela casa de Sasuke sem me dar conta de uma parte do trajeto que percorri, tiro o cinto de segurança, abro a porta, e salto para fora do carro, me limitando a travar o alarme para voltar as chaves para dentro da bolsa. Subo os degraus que antecedem a porta robusta da bela construção, e toco o interfone sendo liberada segundos depois.

Reapareço abrindo a porta da sala onde aparentemente não há ninguém, cruzo o hall sem diminuir a velocidade dos passos que ecoam no piso lustroso, locomovo-me suavemente, e subo o primeiro degrau da escada decidida a ir até o quarto de Sasuke, onde provavelmente ele estaria, para avisá-lo que cheguei. A subida é rápida, porém me deixa com a respiração desritmada, situo-me caminhando pelo corredor de quartos, e antevejo a porta entreaberta do escritório, abro um sorrio largo instantâneo.

"Meu amor." Me anúncio da porta quando estou entrando livremente, a tela enorme do monitor me impede de ver rosto de Sasuke, ao passo que estou indo até ele decidida a lhe roubar um beijo. Entretanto, um rosto diferente acaba fazendo-me paralisar instantaneamente, e acabo sem graça e turvando a direção do olhar.

Aparentemente, todos os botões daquela camisa azul claro estavam a ponto de se romperem pela tensão dos músculos. Wow. "Quem diabos é você?" Disse. E após a pergunta dele, acompanhada de uma encarada dos pés a cabeça, continuo atônita com o encontro para agir. Ele me sonda com o olhar, se realinha cruzando os braços, e se levanta da cadeira. Eu troco o peso do pé pigarreando.

"Sou Sakura, a namorada de Sasuke. E quem diabos é você?" Repliquei polidamente, unindo as mãos frente ao corpo, o cara pareceu ligeiramente chocado com o que eu disse. Desacreditado e interessado, eu diria, ele franziu o sobrecenho abrindo um sorriso largo, foi como dizer uma piada, ou algo do tipo.