Capítulo 4

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Olá, gostaria de saber se estão gostando da fic e se devo continuar com as postagens. Agradeço imensamente quem está acompanhando e votando!

VITÓRIA P.O.V

Estava de volta à cidade, mais especificamente em uma lanchonete. Tinha marcado de encontrar com Felipe ali, para contar tudo que havia descoberto.

Eu olhava fixamente para uma xícara de café enquanto meu amigo devorava o café da manhã. Eu estava sem fome, não conseguia pensar em nada, a não ser em minha missão fracassada e no agente que queria puxar meu tapete. Passei o dedo por minha orelha lascada, ninguém jamais havia chego tão perto assim de estourar meus miolos.

- Dois atiradores na mesma praça. Já ouviu falar de coisa parecida? - questionei, rodeando o dedo na borda da xícara.

- Não que eu lembre - felipe respondeu, mastigando os ovos e a torrada - Você viu o cara direito?

Como se a situação não fosse estranha o suficiente, algo na figura do inimigo parecia martelar em minha cabeça. E eu tentava lembrar o que poderia ser.

- Não era muito alto, um metro e sessenta ou setenta no máximo. Não era muito mais alto que Ana - disse, e foi então que me dei conta - Não tenho tanta certez. ssim que era um homem...

Felipe deixou o garfo cair no prato e, de olhos arregalados, disse:

- Você apanhou de uma amadora?

Au! Não gostei nem um pouco do jeito que ele resumiu a situação.

- Acho que sim - admiti. Girei no banco para olhá-lo de frente.

- Fê, a mulher era uma profissional.

Felipe deu de ombros e voltou à comilança. Depois disse:

- Bem, nesse caso não vai ser difícil saber quem é. Não tem muitas gatas nesse ramo, tem?

Ele tinha razão. Isso eliminaria a grande maioria de todos os agentes ainda em atividade.

Felipe seguiu uma garçonete com os olhos.

Esperei pacientemente até que ele se desse conta de que eu ainda estava ali. Você tem mais alguma pista? - ele disse, voltando finalmente para nossa
conversa.

Eu tinha. O Laptop que encontrara nos escombros. Estava bastante avariado, mas não morto. E eu conhecia uma garota capaz de operar milagres
com pedaços retorcidos de metal.

Bebi um último gole de café e me virei para ir embora.

- A gente se vê mais tarde, Felipe.

Entrei no quartinho dos fundos de uma oficina de desmanche digital - minha favorita - e procurei por um geniozinho da eletrônica chamada Gabriela.

Ela estava debruçada sobre uma mesa coberta de quinquilharias- uma espécie de cemitério de computadores.

Com aquele cabelo espetado e aquela camiseta do White Stripes, lembrava muito mais uma babá do que o gênio que de fato era.

Disse a ela que tinha um laptop ligeiramente avariado e, ato contínuo, coloquei a máquina sobre o balcão para que ela a examinasse.

Gabriela examinou o volume amorfo e fumegante em que tinha se transformado o laptop.

- Apagou uma fogueira com ele? - perguntou, cética.

Respondi apenas com um sorriso.

- Quer saber o que eu acho? - ela disse, limpando as mãos com um trapo.

Redobrei a atenção, esperançosa.

- Melhor você comprar um computador novo.

- Mas este tem um valor sentimental para o proprietário.

Sra & Sra. Caetano FalcãoOnde histórias criam vida. Descubra agora