Não sabia que horas havia chegado em casa ontem, só sei que acordei cansada. Também não consegui dormir ontem à noite, meus pensamentos giravam em torno de um lindo sujeito de olhos escuros e um sorriso perfeito.
Fiquei me perguntando como ele sabia meu nome.
Será que ele andou perguntando por mim na aula? Ou ele simplesmente adivinhou? Ou ele viu escrito em algum lugar, como por exemplo na lista de ajudante do baile de volta às aulas onde qualquer um pode se inscrever, preso no quadro de avisos?
Balanço a cabeça e entro na sala de matemática, sendo a primeira como sempre.
— Nos encontramos novamente.
Ou talvez não.
— Também não esperava ser na sala de aula. — Digo pra Adam, sentando no meio como sempre.
A pergunta que eu queria fazer estava na ponta da língua.
— Como você sabe meu nome?
Pronto falei.
Ele me encara firmemente. Sinto como se ele pudesse ver através de mim ou algo do tipo.
— Digamos que eu perguntei pro professor depois da aula.
Fico surpresa, prestes a fazer outra pergunta quando a porta da sala é aberta.
Não digo nada enquanto os alunos entram, seu olhar ainda continua grudado no meu. Era como se não tivesse ninguém na sala conosco.
Adam finalmente desvia o olhar, ele sempre é o primeiro de nós dois a desviar o olhar. Legal, não?
O professor entra e a aula começa.
Rasgo um pedaço de papel do caderno e escrevo: "Andou perguntando sobre mim, então?" Faço uma bolinha e arremesso diretamente na cabeça dele.
1 ponto pra mim.
Adam desdobra o papel e lê. Fico observando quando ele escreve a resposta e joga a bolinha pra mim. Infelizmente, ele não é tão bom como eu e a bolinha voa pro outro lado da sala.
— Estão tacando bolinhas de papel pela sala, professor. — Uma garota de sardas nos dedura pro professor, que se vira e pega o papel no chão.
Ele olha pra cada um de nós antes de ler o papel e instantes depois jogá-lo no lixo. Dando continuidade à aula.
Olho pra Adam em busca de ajuda e só recebo um sorriso brincalhão em resposta.
— Quero que vocês façam e me entreguem essa folha na próxima aula. — Diz o professor Alister enquanto a mesma aluna de sardas que nos dedurou entrega às folhas pra cada um de nós. — Dispensados.
O olhar da garota fica em mim por mais tempo do que deveria e sei que ela sabe que o papel era meu.
Guardo tudo na mochila em tempo recorde e corro atrás de Adam, que estava no bebedouro conversando com um loiro de olhos verdes. Não era feio, mas Adam era mais bonito.
— O que você escreveu no papel? — Pergunto, interrompendo totalmente a conversa dos dois.
Os dois param de falar e me observam.
— A gente se vê depois da aula, Tyler.
— Claro, não deixe sua namorada te esperando.
— Nós não somos namorados! — Berro pra ele que já estava passando pelas portas duplas.
Mas quem me dera.
Adam sai do bebedouro e segue pra biblioteca. Ignorando completamente minha pergunta.
— Você me ignorou. — Digo, parando-o no meio do corredor. — O que você escreveu no papel?
— Nada demais, mas se quiser saber mesmo, procure no lixo do professor. — Ele dá um pequeno sorriso e vai embora.
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O Garoto do Metrô
RomanceTodo mundo fala que quando você vê pela primeira vez uma pessoa na rua ou em qualquer outro lugar, que se sente atraída por ela, jamais irá vê-la novamente. Mas não foi isso que aconteceu com Mia Victoria Losangez. Aos 16 anos de idade, Mia esbarra...