O mascote

Língua do amor

Esperei pacientemente ele notar que eu não descasaria até receber uma reposta e aparentemente a ficha só caiu depois que terminamos de comer e eu não abri minha boca para dizer nada. Para mim foi bem difícil, porque eu amo falar, mas quando eu coloco alguma coisa na minha cabeça ninguém tira.

_ Bom, acho que temos que definir como nossa relação vai ser daqui pra frente.

_ E o que você tem em mente ?- tentei não soar sonsa, mas isso era muito complicado quando eu estava me sentindo frustrada.

_ Acho que posso te contar um pouco da minha vida, já que te envolvi nela. Mas quero saber um pouco de você também.

_ Concordo, mas não vamos ficar íntimos.

_ Certo, vamos ter uma relação de aluna e professor.

_ Acho que você-levei meu indicador naquele queixo quadrado e coberto com uma barba rala por fazer, para que ele olhasse no fundo dos meus olhos-não entendeu o que eu quero, senhor.

_ Não brinque com fogo, porque você vai ser queimar.

_ Mas eu sempre gostei de brincar com fogo.

_ Então acho que vamos nos divertir muito, senhorita Mel.

_ Olha, apesar de eu achar muito sexy você me chamar assim, será que o senhor não poderia me chamar só de Mel? Se não eu fico me sentindo velha.- argumentei para ele entender meu lado.

_ E você me acha velho ?

_ Por que você está perguntando isso ?

_ Porque você me chama de senhor, em todos os momentos possíveis.

_ Eu faço isso porque eu sei que você gosta, eu vejo nos seus olhos, no seu corpo e no seu cheiro, parece que tudo muda dentro de você quando eu digo só essa palavrinha.

_ O negócio é você, você me excita, você me testa e isso me deixa muito intrigado. Não sei como nunca te notei antes.

_ Eu sempre fui boa em me esconder na sua aula.

_ Mas agora você não vai mais se esconder, eu vou garantir.

Meus pulmões pareciam não saber para o que foram feitos e eu nem percebi que tinham parado de funcionar até sentir uma falta de ar inexplicável e finalmente inalar um pouco de oxigênio.
Cheguei mais perto dele e passei a mão pelo peitoral para verificar se era tão gostoso de sentir quanto de olhar e eu não me decepcionei.

_ Acho que vou amar te queimar um pouco.- falou passando a mão no meu cabelo e puxando uma mexa para levá-la até seu nariz, só o ato arrepiou todos os meus pelos.

_ Eu quero tudo o que você tiver.

_ Vamos.-me pegou pela mão e começou a me levar em direção ao quarto dele e eu estava amando ser levada, todo meu corpo estava reagindo aquele monte de músculos e por puro deleite eu soltei um gemido quando chegamos em frente a porta do quarto, só imaginando o que poderia acontecer.

_ Bom, antes de entrarmos quero te fazer umas perguntas. Ok ?

_ Ok.-respondi meio decepcionada por não entramos logo.

_ Primeiro, você tem algum problema em ser amarrada ?- MEU DEUS! fui jogada em cinquenta tons, ninguém me acorda, por favor.

_ Não.- respondi tranquilamente, como se não estivesse quase explodindo por dentro de tanta animação e fogo no rabo.

_ Você tem algum problema em ser vendada?

_ Não.- vamos manter a pose senhor, fingi que não tá te afetando.