Fazem-nos acreditar
Que a paz irá reinar,
Que as armas irão parar de fabricar
E que a violência sumirá.
O povo segue a esperar
Esse momento chegar.
Fecham os olhos da população,
Escondem a exploração,
Diminuem a educação
E esperam diminuir a procriação.
Inicia-se outra reunião,
Mandam somente um caminhão
Para a sede do povo saciar.
Querem com a fome acabar,
Mas não se para de desperdiçar.
Que paz é essa,
Que atinge só a minoria,
Que pela cor diferencia,
Pela orientação discrimina
E pelo sexo separa?
Vivemos uma paz armada.
Só não vê quem não quer
Ou quem não pode.
Estamos em guerra,
Mas não me contento.
Enquanto meu semelhante
Está sofrendo
Não posso parar de lugar
Para que tudo possa acabar
E cada um possa se libertar,
Daqueles que tanto poder tem
E que tentam a todo custo,
Sua mente adentrar
Para poder te alienar.
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O Livro Amarelo
PoetrySe as ações e sentimentos tivessem cor, tudo seria bem mais visível; a criatividade, na minha palheta de cores, é com toda certeza bem amarelada. Eis aqui o ápice da criação.