Cap. 3 - O COMEÇO... O MEIO... O FIM. ( Pte. 2 )

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Et... Ele me falou que já tinha passado por aquilo, mas que era coisa de recém-criado, não entendi muito bem.

Na verdade... Agora só importava que...

Eu já podia sentir suas mãos frias, seu corpo alvo e seu peito de mármore... Quando um som terrivelmente agudo ecoou bem acima da minha cabeça.

- Sim! - Gritava eufórico... Aquele casal que bateu no meu carro com seu Sedan preto.

- Não! - Gritamos. Agora juntos, - eu e o bonitão - enquanto a loira assoprava o cano ainda quente da bazuca, e o motivo para o pânico que logo se alastrou pelos rostos de todos se revelava.

- Ei! Sua louca! - Alguém gritou para uma garota que de repente atravessou a rua correndo atrás de um coelho.

- Sai da frente! - Os gêmeos gritavam estarrecidos com os pedaços dos corpos daquela motoqueira fatal, do chaveiro e alguns dreds que levados pelo vento... Brilhavam a luz do sol.

Com certeza, estes últimos; embora - assim como os demais destroços e restos de corpos ensanguentados e em chamas - ainda estivessem voando pelos ares... Pertenciam à única coisa que poderia arranhar a pintura do meu carro, à prova de lobisomens e varinhas mágicas.

Realmente foi difícil me desviar das chaves, das chaves de fenda e das peças da moto que agora choviam sobre o meu carro.

- Mas eu só queria... - A infante disse esquecendo-se do pequeno roedor que atravessou a rua se embrenhando na mata virgem.

Duma forma que não Freud, mas com certeza Sr J. Cameron, único lendário e não muito conhecido cavaleiro de Arthur; porém sobrevivente à cerimônia de abertura oficial da caixa de Pandora, ou Stephenie, rainha do Reino de Fantasia, em História Tem Fim... Poderiam explicar...

Algo estranho aconteceu ali: Era como se eu pudesse me ver através de seus olhos. Sentir o que sentia a bela, bela criança:

Sua expressão era a de quem aguardava a morte iminente. Os olhos inconsoláveis de alguém que estaria prestes a ser esmagado por...

Lembro-me vagamente de quase ter sido atingida pela turbina dum avião que passou pegando fogo a poucos centímetros de minha cabeça.

Fiquei contente por ter entrado no meu carro fechando o teto solar; e ignorando minha miragem sedutora que havia desaparecido.

- Por que eu quase sempre tinha a sensação de que uma garota ruiva de longos cabelos cacheados com olhos carmim e usando um poncho surrado de pele branco, estava me observando de algum lugar?

- Alô? - Gritei pressionando levemente o suave, multitouch e capacitivo teclado do discador telefônico de meu iPhone 6 Plus.

- Alince? - Perguntei atendendo minha cunhada.

- Eu sei Alince! - Eu disse freando, enquanto alguns carros que vinham atrás do meu amontoavam-se com ruídos realmente estrondosos...

Embora um tanto abafados. Eu me sentia uma diva sempre que assistia no DVD do meu carro, o meu favorito; daqueles super clipes em branco e preto da Beyonce.

- Tudo bem Alince. Eu sei! - Gritei ao telefone enquanto dava passagem para alguns apressados... Prestes a se envolverem na tragédia; que completada pelo Boeing derrubado pela loira... Estava prestes a acontecer!

- Obrigada... - Resmunguei quando um poderoso tremor abalou o lugar e um clarão absurdamente forte ofuscou minha visão.

- Por me avis... AAaar! - Gritei olhando para a estrada - que à minha frente agora era dominada por uma bola, depois por uma língua, e por fim um cogumelo de fogo infernal.

- Alô? Alince? Onde... - Eu dizia ainda ao telefone, quando a ligação caiu.

Talvez porque - dominada pelo veneno... Do medo que me dominava - eu tenha esmigalhado o telefone com aquela minha mão, cujo pulso foi mordido por aquele meu colega da escola de balé, onde estudei há alguns capítulos, e anos atrás.

Imaginem que o imbecil se irritou só por que o fiz errar um passo daquela valsa. A Dança da... Sala dos Espelhos!

Entretanto; a última coisa da qual me lembro... Foi de meu carro sendo atingido por alguma força titânica; descomunal.

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