𝐜𝐨𝐢𝐧𝐜𝐢𝐝𝐞𝐧𝐜𝐞𝐬 ✾ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭

𝟶𝟾

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Sina Deinert Beauchamp
Edmonton, Canadá
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— Porque eu ia na sua casa e vi você e sua família desesperados e uma ambulância, aí eu fiquei preocupado — ele me dizia

— Tá, mas eu não te chamei aqui, vai embora Peter — eu falava com raiva e me afastando mais dele

— Nossa, por que essa grosseria? A gente nem conversou direito depois que você voltou de viagem — Peter dizia se aproximando

— Você tem coragem mesmo né? Porque a noção não tem

— Sina? Por que isso? Só vim te ajudar — ele falava me abraçando

— Sai daqui seu nojento, eu não te pedi ajuda, vai embora — eu falava andando e deixando ele sozinho

NARRADOR ON
Naquele momento Sina se levanta e volta para onde seus pais estavam, e claro que estavam discutindo ainda, ela não sabia mais o que fazer, a loira só queria alguém para apoiar ela naquele momento e quem tinha esse papel era seu irmão, que no momento estava dentro de uma sala de hospital.

Ela tinha a sensação que tudo de ruim aconteceu no mesmo momento e que ninguém mais podia entendê-la.

Sina decide ir ao lado de fora do hospital para ficar sozinha, então encontra um lugar pouco iluminado e decide ficar lá. Ela sentia o mundo desabar, seu irmão estava dentro de uma sala do hospital sem notícias, já seus pais não era a primeira vez que discutiam esse mês e Peter, bom, ela não tinha mais confiança nele, mas ainda estava muito confusa... Acho que só o tempo iria decidir tudo...

— Sininho... — uma voz saia do escuro

— Quem é?? — Sina dizia se levantando e saindo de seus pensamentos

— Só fica quietinha, vai acabar rápido prometo...

— Peter, eu já disse pra você ir — ela dizia um pouco assustada

— Calma amorzinho, isso vai acabar mais rápido do que você imagina, assim que acabar você nunca mais vai me ver...

— Sai de perto de mim — Sina dizia se afastando dele

Naquele momento o medo tomou conta dela, ela não sabia como lidar com aquilo, tentou sair de lá, mas estava encurralada, não tinha como fugir dali e não tinha ninguém que pudesse ouvi-la no momento.

— As garotas sempre são burrinhas né? Principalmente você — Peter dizia se aproximando cada vez mais dela

— É, e os garotos sempre são babacas né? — ela dizia autoritária sem mostrar que estava com medo

— Só fica quietinha que isso aqui vai terminar rapidinho — ele dizia com seu corpo colado no dela

Quando ele começou a beijar ela, Sina o empurra com toda sua força e da um soco em sua barriga, fazendo ele ficar com um pouco de falta de ar e então ela sai correndo dali, voltando para onde estavam seus pais que finalmente tinham parado de discutir.
NARRADOR OFF

— Onde você tava Sina? — meu pai me perguntou assim que reparou que eu estava com uma expressão diferente

— Eu fui lá fora ficar sozinha e pensar um pouco, já que vocês só sabem brigar, será que vocês não podem parar de brigar um pouco nem agora? — eu não tentava evitar de chorar agora — Olha a situação do Josh, a gente nem sabe se...

— Se o que Sina?? — Josh dizia saindo da sala acompanhado da enfermeira

— JOSH!!!!! — eu saio correndo para mais perto dele — Você está bem??? Me desculpa por favor

— Se desculpando porque dona Sina, o que você aprontou hein? — ele dizia com um leve sorriso

— Nem assim você deixa de me zuar né?? — eu dizia abraçando meu irmão sem aperta-lo muito

— Mãe, pai... — ele dizia — Vamo logo para casa pelo amor de deus

— Vamos meu filho, a gente vai — minha mãe dizia se aproximando da gente

— O que aconteceu com meu filho? — nosso pai se dirigia à enfermeira — Ele está bem Teve complicações? Vai ter que tomar algum medicamento?

— Eu to bem pai, relaxa — Josh dizia

— Bom, seu filho está completamente bem, provavelmente com dores no antebraço que é onde ele provavelmente bateu com mais força, sem nenhum osso quebrado ou fraturado, fizemos também uma radiografia geral e exame de sangue e tudo indica que a saúde dele está completamente bem, caso as dores do antebraço piore, volte aqui que aplicaremos um remédio um pouco mais forte, mas por enquanto ele deve tomar essas pílulas de 12 em 12 horas — a enfermeira explicava entregando pílulas na mão dele

— Muito obrigada — nossa mãe dizia se despedindo da enfermeira

NARRADOR ON
O clima do caminho de volta para casa estava muito estranho, ninguém se quer abria a boca para falar uma palavra, o que era estranho, afinal os pais dos gêmeos sempre conversavam no carro, mas na volta não houve uma troca de olhares e nem uma palavra trocada por eles, Sina sabia que eles tinham discutido, mas Josh não...

•••

Chegando em casa, Sina acompanha Josh até seu quarto e se senta na cama dele.
NARRADOR OFF

— Josh... eu sei que hoje não é um dia bom para conversar, mas eu preciso contar muita coisa para você... — eu dizia me agachando no chão

— Eita, já vi que é sério, tá tudo bem?? — ele dizia se virando para em minha direção

— Olha, pra ser bem sincera... Não... Primeiro de tudo, eu não sei se você já reparou... Mas o pai e mãe andam brigando MUITO, tanto é que no caminho de volta pra cá eles não abriram a boca, e você conhece eles né — eu explicava

— Mas eles brigaram hoje??

— Sim, quando você estava na sala de exames eles começaram a discutir, mas eu fui para a lanchonete pra sentar, aí começou outro problema lá, mas isso não vem ao caso

— Claro que vem — ele me interrompe — Você sabe que por mais das zueras que eu faço com você, você é minha irmã, e eu te amo

— Obrigada Josh, e eu também te amo... Não sei o que seria de mim sem você, inclusive me desculpa por hoje...

— De novo com essa história de desculpas?? Não foi a sua culpa, eu me desequilibrei e cai... Ta tudo bem agora, olha só to novinho em folha pronto pra voltar a dançar com você

— É, mas se não fosse eu, você não teria caído...

— Sina, só entenda uma coisa, a culpa não foi sua...

— Tá... mas então, ontem eu passei a noite em claro porque... é.. porque.. porque sim... — eu tentava desviar o assunto — Aí eu acordei mal e não devia ter falado daquele jeito

— Porque sim nada, o que tá acontecendo com você Sina? Você dorme mó cedo — Josh dizia me interrompendo

— Relaxa Josh, eu to bem... Não aconteceu nada...