𝟸𝟶

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Sina Deinert Beauchamp
Los Angeles, Califórnia
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O tempo passou rápido depois do almoço, ajudei Cris a limpar a casa, e confesso que foi muito bom passar um tempo com ela.

Já era quase fim de tarde quando meu irmão sai de casa para o boliche com os meninos e minha mãe continuava no hospital trabalhando.

— Cris, vem aqui, vamos conversar — eu me sentava no sofá deixando a vassoura de lado e batendo no assento ao meu lado como sinal para que ela se sentasse também

— Vou colocar o chá para esquentar e já vou — ela pegava a vassoura que eu havia deixado perto da TV e guardava na dispensa junto com os outros produtos de limpeza

Cris termina as últimas coisas na cozinha e leva o chá até a sala, onde eu estava praticamente deitada no sofá da casa com meu celular na mão.

— Pronto Sina — eu me sentava agora na poltrona que ficava na frente do sofá

— Olha Cris, antes de começar, vamos fazer um combinado? — eu falava séria e apreensiva com a situação

— Claro... qual? — eu me sentava agora ao lado dela agora

— Independente do que a gente falar aqui, minha mãe não vai ficar sabendo, pelo menos não agora — eu olhava no fundo dos olhos da Cris

— Claro, se depender de mim, nada chega nela, até porque provavelmente vai ser melhor para mim e acredito que para você

— Combinado... mas me conta, o que aconteceu? Você conhece meu pai de onde?

— Primeiramente, pra não fazer confusão... como é o nome dele?? — Cris me perguntava

— Paulo Beauchamp

— É... — ela balançava a cabeça negativamente e sem nenhuma palavra a mais eu já havia entendido que ela o conhecia — Sabe, eu conheci seu pai na época que eu fiz faculdade, sim eu fiz um semestre de arquitetura, mas infelizmente não certo... Meu pai, na época não deu conta de pagar, e minha mãe infelizmente faleceu depois de um tempo que eu nasci, por isso comecei a trabalhar como empregada...

— Mas isso faz quanto tempo? — eu interrompia Cris

— Olha... faz um tempo já — Cris deixava escorrer uma lágrima — A gente começou a se aproximar e viramos amigos, mas muito amigos mesmo, até que um dia parece que aquilo tinha passado de uma amizade, a gente começou a sair sozinhos, sem os nossos amigos, e foi assim que surgiu um relacionamento — eu jamais estava esperando isso, realmente foi muito mais além do que a minha cabeça tinha imaginado... Sina do céu, se acalma... eu comecei a repetir na minha cabeça para processar o que ela havia falado

— Calma, nessa época, meu pai não conhecia minha mãe né? — eu perguntava com uma expressão preocupada estampada em meu rosto

— Então, era o que eu achava né... sua mãe era de outra turma, mas eu não lembro direito, nunca cheguei a conversar com outras salas a não ser a que seu pai estudava... — ela me explicava — Mas então, a gente começou a sair e depois de mais ou menos um mês, aquilo virou algo sério e... — ela suspirava — A gente começou a namorar oficialmente

𝐜𝐨𝐢𝐧𝐜𝐢𝐝𝐞𝐧𝐜𝐞𝐬 ✾ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 Onde histórias criam vida. Descubra agora