𝐜𝐨𝐢𝐧𝐜𝐢𝐝𝐞𝐧𝐜𝐞𝐬 ✾ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭

𝟷𝟽

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Josh Deinert Beauchamp
Los Angeles, Califórnia
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A ligação que recebi quando estava no quarto da minha irmã havia sido rápida. Sem demorar muito eu me arrumo de forma simples, mas que ficasse do meu gosto e saio de casa em direção a um parque, como combinado na ligação.

— Oii — eu falava chamado atenção da garota que havia me ligado

— Oi Josh!! — ela me respondia vindo em minha direção

— Tá tudo bem Any? O que você queria me falar? — eu perguntava curioso em relação ao que ela havia me falado na ligação

— Tá sim, vamo sentar ali, aí a gente conversa melhor — ela me para um banco mais próximo

— Então, agora fala vai, to curioso desde manhã, aí pra ajudar mais ainda você me liga sem deixar nenhum pista — eu falava dando um leve sorriso e ela retribuía, rindo da forma que eu estava afobado

— Calma Josh — ela falava ainda rindo — Antes de tudo, o que aconteceu com a Sina? Porque eu não sei se você percebeu, o Noah tá meio diferente e ele também tá um pouco, mas só um pouco mesmo, próximo da Sina, e desde ontem na festa ela tá estranha também, a Heyoon tentou falar com ela, eu e a Saby também, mas parece que ela não quer ou não consegue falar, sei lá, to meio preocupada

— Olha Any... Eu vou ser muito sincero com você... Eu conversei com ela hoje, e... Ela não me contou nada — eu explicava — Mas ela disse que ia contar, não só pra mim como pra vocês também, ela disse que queria contar de uma vez pra todo mundo...

—Aaaah, pelo menos você conseguiu falar com ela melhor... Mas ela tá como?

— Assim, de modo geral ela ta bem, ela vai ficar melhor, só precisa de um tempo sabe? — eu respondia tentando não preocupar mais ainda a brasileira

O assunto sobre minha irmã se encerrou ali e logo começamos outro, Any estava aliviada por saber que Sina iria explicar tudo, ela tinha se acalmado depois que expliquei toda a situação.

Passamos um bom tempo conversando sobre coisas aleatórias da vida, tenho a sensação de que mais já nos conhecemos há muito tempo quando converso com ela...

— Presta atenção aí meu filho, não tá vendo que eu tava na frente não? — Any dizia para um garoto que esbarrou nela enquanto estávamos caminhando

— Desculpa gatinha quer um beijinho pra sarar? — ele falava se aproximando dela

— Vaza daqui — eu entrava na frente de Any

— Aaah, o namoradinho defende a princesa, que bonitinho — ele dizia olhando para mim

— Só vaza daqui seu merda — Any me puxava para continuar a caminhada

— Esse povo é sem noção mesmo — eu falava virando para trás para conferir o se o garoto estava lá ainda

— Realmente... e obrigada — ela falava se sentando no gramado

— Obrigada por que? Aquele cara foi um babaca — eu falava com a expressão séria no rosto

— É... parece que os garotos legais não existem mais — ela falava balançando a cabeça

— Ei, eu sou legal tá bom? — eu falava olhando para ela

— Tá, mas a gente é... amigos? Meus amigos são exceção — ela correspondia o olhar — Não conta né

— É... acho — eu respondia envergonhado

Sentados no gramado do parque, nós nos olhávamos no fundo dos olhos um do outro.

As palavras haviam sumido, mas os olhares entregavam tudo, o nosso sentimento se misturavam, as borboletas voavam por todo meu interior.

Um beijo doce, calmo e com a nossa personalidade, eu nunca imaginaria que isso aconteceria naquele momento, óbvio que o sentimento por minha parte existia, mas a única coisa que faltava era a coragem... e ela estava presente naquele momento.

Esse sentimento que estava presente ali, era diferente para mim, nunca tinha sentido aquilo antes, mas o beijo foi interrompido por um toque de celular que estava no bolso de Any.

— Alô? — Any atendia o telefone

— Any pelo amor de deus, você foi conversar pessoalmente ou por carta com ele? — a voz reconhecível de Sabina falava ansiosa pela linha telefônica com Any

— A gente veio pro parque, e a gente já conversou, ela vai falar com todo mundo depois Saby, fica tranquila — ela explicava para a amiga

— Huuuum, depois quero saber tudo hein, e eu não to falando da Sina não, quero detalhes desse parque aí viu? — Sabina falava rindo e eu ria também

— Aí Saby, só você mesmo... Mais tarde eu te ligo tá?

— Tá bom minha Larina, beijo

A ligação se encerrava ali e ela guarda o celular de volta no bolso e olhava para mim novamente.

— Desculpa — eu soltava um suspiro forte

— Pelo o que Josh? — ela perguntava segurando minha mão e eu pude sentir meu corpo se arrepiar com o toque dela

— Eu não sabia se você queria, desculpa — eu falava olhando para nossas mãos

— Ei... — ela me abraçava — Você não precisa se desculpar, se eu não quisesse eu não teria feito nada, na verdade, eu já tava querendo isso faz um tempinho...

— Sério? Eu pensava que você não pensava assim... Eu já tentei te falar isso, mas eu não conseguia, não sei...

— É... mas agora a gente sabe... — ela falava deixando um selinho em mim e eu sorria em seguida

Depois disso não ficamos por muito tempo lá. Eu a levei até a porta da casa dela e depois fui direto para minha, onde o jantar já estava quase pronto e Sina estava com Cris e minha mãe na cozinha conversando.