17 - adrien

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Acordou com os braços envoltos da cintura dela. Era imensamente confortável acordar com a mestiça entre seus braços, com a sua testa encostada em seu peitoral e um dos braços enrolados na cintura dele, enquanto seu queixo ficava apoiado no topo de sua cabeça e suas pernas estavam enroladas nas dela. Um perfeito nó humano.

Se arrumou na cama, descendo até poder encarar seu rosto, ficando na frente dela. Os traços eram lindos, delicados e adoráveis. O nariz um pouco empinado era coberto de sardas que só se alguém estivesse perto o suficiente, assim como ele, poderia ver. A boca estava em um biquinho perfeito e os cílios pretos eram longos e batiam levemente nas maçãs de seu rosto.

- Linda. - ele soltou, baixinho, e deu um beijo na testa dela. Voltou para onde estava, fechou os olhos novamente e a abraçou mais forte.

- -om dia. - ela sussurrou, a voz falhando um pouco. Ele sorriu ao perceber aquilo.

- Bom dia, Marin. - sussurrou.

- É uma droga que hoje seja sexta. - ela sussurrou, contra o peito dele. - Tenho que ir para a faculdade...

- E eu tenho que ir trabalhar. - ele a apertou mais em seus braços, não queria soltá-la. Queria que ela ficasse para sempre em seus braços.

Não haviam feito nada demais, apenas ficaram juntos pela noite. Ao terminar o terceiro filme, Adrien percebeu que a garota havia dormido, então se levantou com cuidado, a pegou no colo e a levou para sua cama. Voltou para a sala, pegou o cobertor, foi até a sua cama, cobriu Marinette e depois se enfiou no cobertor, junto com ela.

- Que horas são? - ela perguntou, mexendo seu polegar e fazendo um carinho gostoso no lombar do esverdeado.

- Seis e cinquenta e sete. - ele respondeu, olhando para o relógio digital em cima do criado mudo.

- Hora de irmos. - ela sussurrou, mas não se mexeu.

- Ainda temos mais um tempinho. - respondeu, afundando seu nariz no cabelo, agora solto, dela. - Eu não quero levantar. - sussurrou.

- E você acha que eu quero? - perguntou baixinho.

- Não sei, você quer? - ela negou com a cabeça, com um sorriso nos lábios, e se aconchegou mais no homem.

Ficaram quietos, apenas enrolados um no outro e esperando dar sete horas para que se levantassem e Marinette fosse para seu apartamento.

Adrien nunca achou que precisava conhecer a garota desastrada até conhecê-la. Quando olhou para ela, nunca achou que precisava saber dos detalhes ou do som da sua voz.

Era engraçado pensar que nós só percebemos que precisamos de alguém depois que o conhecemos. O loiro era imensamente grato por ter tido ânimo para ir na reunião do prédio, ter escolhido esse prédio para morar e ter escolhido o apartamento a cima do dela, sem nem saber quantos problemas ela causaria à ele.

- Que tal irmos na cafeteria? - ele perguntou, quando o relógio deu sete horas.

- É uma boa ideia. - ela disse, se desenrolando dele e sentando na cama, olhando para ele.

O loiro sorriu. Havia percebido quão linda Marinette era ao acordar. O rosto estava um pouco amassado, o cabelo todo bagunçado e os olhos brilhavam no mais belo tom de azul. Estava toda linda.

- O que foi? - ela colocou uma das mãos no rosto e depois a levou para o cabelo, tentando arrumá-lo.

- Você é linda. - sussurrou e acompanhou todo o processo da ruborização das maçãs do rosto de Marinette.

Ela se inclinou até ele e selou seus lábios, enquanto suas mãos passeavam nas suas mechas loiras. Ele queria sentir aquela sensação para sempre, todo o carinho e atenção de Marinette para ele.

- Melhor eu indo. - sussurrou e levantou da cama. - Te encontro na escada para irmos à cafeteria às sete e meia?

Ele assentiu e ela andou para fora de seu quarto, e logo depois, para fora de seu apartamento. Mas, ela havia acabado de entrar na sua vida.

neighbors | [AU] adrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora