Ao passar na frente de uma floricultura, lembrou - como se houvesse esquecido - que iria na casa de Marinette e ela merecia flores. Comprou um buquê de rosas vermelhas e margaridas, pois a jovem parecia combinar com elas, e ao passar perto do supermercado, uma garrafa de vinho para acompanhar o jantar.
Andou até seu prédio tranquilamente, ansioso pelo o que estava por vir. Iria jantar com a garota desastrada que estava em sua mente há alguns dias, o que era, de certo, irritante e a qual morava no apartamento a baixo do seu.
Quando chegou no apartamento, foi direto para o banho. Não podia mentir a si mesmo, estava ansioso. Quando passou na frente do barbeiro, quase entrou para cortar seu cabelo, mas achou que seria demais e ele poderia cortar em outro dia.
Tomou um banho relaxante, e, após limpar o espelho embaçado pelo vapor, ficou encarando sua imagem refletida.
- Certo. É um encontro? - ele perguntou para seu reflexo. - Eu não sei o que esse jantar significa, eu preciso de uma resposta! Não é um encontro, é só um jantar... Mas, se é um jantar, é um encontro, certo? - ficou quieto por alguns segundos, ainda encarando os olhos verdes, como se esperasse uma resposta. - Mas, se fosse um encontro iríamos para outro lugar! Não, não é um encontro! E as flores são por gentileza, é apenas um pequeno presente.
A dúvida ainda martelava na sua cabeça, mas fingiu acreditar na conclusão que havia feito, parecia o mais lógico. Colocou uma calça preta escuro, uma camisa cinza, seu amado tênis all-star preto e um moletom. Arrumou seu cabelo e se encarou mais um pouco no espelho.
- Certo, é só um encontro e vai dar tudo certo. - disse à si mesmo, então fechou os olhos. - Droga, Adrien! Não é um encontro!
Para passar o tempo - e não morrer com seus pensamentos -, decidiu continuar à assistir a série que estava assistindo antes.
❁Pegou as chaves, o buquê e o vinho ao sair de sua casa, deixando seu celular carregando, pois sabia que não seria importante levá-lo. Tudo que ele queria era conversar com Marinette até dar o horário para ir embora. Trancou a porta ao sair e foi até a escada.
Desceu com cuidado até o andar de baixo, pensando em o que iria conversar e foi diretamente até o dezesseis, já que se lembrava o número do qual a mestiça havia dito no dia da reunião. Ele tinha o costume de lembrar coisas simples como aquela, não a matéria de prova.
Deu duas batidas e depois de poucos segundos a porta se abriu, revelando uma Marinette com um macaquinho jeans, uma camisa branca, o cabelo meio solto e meio preso e com chinelos nos pés. Parecia estar em um dia quente de verão, não em um de outono.
O cheiro de algo delicioso saiu do apartamento, e a barriga dele pareceu ter roncado e ele sorriu para ela.
- Oi! Você chegou as sete em ponto! - ela riu e abriu a porta para ele. - Entre e fique a vontade.
- Trouxe para você. - ele disse estendendo o buquê de flores para a garota, que pegou com um sorriso enorme no rosto. Ele não pode deixar de reparar que as bochechas da garota ficaram rosadas. - E isto é para nós. - ele apontou para a garrafa.
- Você não precisava se preocupar com essas coisas, Adrien! - ela disse, alto. - E obrigada pelas flores! São lindas!
Ele sorriu e entrou no apartamento, vendo tudo que podia e percebendo o quanto cada detalhe combinava com Marinette. O espaço era igual ao dele, mas parecia tão diferente. Havia estantes embutidas na parede, cheias de livros e fotos, quadros pendurados na parede - tanto de fotos quanto os de pintura-, discos e um rádio. Sem contar a televisão, o sofá grande que parecia imensamente confortável, a mesa de centro e um violão no canto.
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neighbors | [AU] adrinette
FanficOnde um fotógrafo mora no apartamento a cima do de uma garota super desastrada. Ou onde uma artista é moradora de um apartamento onde o vizinho de cima é pianista. Aviso: é uma alternative universe, então pode conter referências, mas não há muita c...