Um ato de coragem

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Durante toda minha vida, eu me considerei alguém sem coragem de tomar as redeas e de estar a frente de qualquer coisa. Mas eu cresci e isso teve que mudar. Quando eu estava em um circo com meus dois irmãos mais novos, o palhaço chamava pessoas pra passar vergonha no palco. Presenti que seria um dos escolhidos desde que eu me sentei naquela cadeira. Naturalmente, eu escolheria não ir, mas aquele dia meus irmãos estavam comigo e então eu fui chamado e subi ao palco.

Senti medo, vergonha, mas eu estava lá na frente, prestes a fazer uma dança patética. Eu dancei, a plateia riu e percebi que estava tudo bem. Fiquei feliz em ter feito pessoas ao menos fingirem uma risada.

Em casa, minha mãe não acreditou que eu havia feito o que fiz. Ela me acusou de ser um alien impostor, que teria sequestrado seu filho.

Talvez meus irmãos tenham me achado corajoso aquele dia. Porém, eu não fui a frente da plateia para lhes provar que eu era corajoso. Eu fui lá pra frente, como um irmão mais velho, que quis dizer a eles que em algum momento da vida teriam que ser corajosos.


30 dias de escritaOnde histórias criam vida. Descubra agora