🎠 12 ↷ sorrisos

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Não pensou muito, apenas pegou sua mochila e avisou que provavelmente não voltaria para a festa tão cedo. Falou que ligava a um deles se algo acontecesse, deu um abraço de parabéns a San e saiu como um jato pela porta de entrada.

Se houvesse a mínima possibilidade de Hangyul voltar, ele estaria lá, nem se fosse um mero boato ou sinal minúsculo. Oras, Seungyoun era inteligente o suficiente pra saber que ninguém tinha idéia de que Hangyul fora embora, tirando seus amigos e outras pessoas próximas. Eliminara a opção de ser uma pegadinha, e observou que esse tipo de coisa Lee provavelmente faria. Digamos que tinha 60% de chance de ser verdade.

E se ele realmente voltasse? O que aconteceria? Pensamentos desse tipo inundaram a cabeça dele como alguma enchente em uma cidade muito poluída.

Dirigira diretamente e rapidamente pro aeroporto, algumas vezes ignorando sinais vermelhos. Estava em uma estação de rádio de música pop que não combinava nada com o que estava acontecendo. Talvez músicas lentas de dramas cinematográficos, fossem mais apropriadas? Sinceramente, ele não ligava.

Entrou na grande porta do aeroporto e se acomodou em uma das cadeiras. Estava um pouco deserto, como era de se esperar.

Olhou para uma das televisões que ficava ligeiramente à frente e acima de sua cabeça e conseguiu enxergar um vôo internacional. Chegaria às quatro da manhã.

Quatro da manhã. Igual a mensagem.

Se tinha alguma dúvida, evaporaram como água fervente. Hangyul voltaria naquela noite.

Agradeceu Deus por ter levado seu notebook e seus fones que infelizmente tinham fio. Achou uma tomada também, o que era bem conveniente. Estava eufórico e precisava se acalmar.

Plugou o seu fone de ouvido em seu aparelho e colocou na sua playlist de indie que ele usava para desenhar. A música invadiu seus ouvidos de uma forma absurdamente alta, ele levou um susto, e teve de abaixar. Pôde aproveitar muito mais quando ela estava em uma altura agradável e os vocais bonitos do cantor ─ cavetown, um nome bem criativo ─ eram audíveis e apreciados.

Arte é assim, para ser apreciada.

Plugou sua mesa digitalizadora e abriu o aplicativo de desenho digital. Sua mão foi com a mesma leveza da voz do cantor na superfície da tablet (como ele gostava de chamar) e começou a desenhar.

As horas passaram como um trem-bala.

As vezes isso acontecia, ele se distraía pro mundo real e só tinha olhos para as suas artes. Ele era palhaço, mais ao menos era focado e apaixonado nas coisas que fazia. Amava tudo isso.

Seungyoun fazia riscos de cor marrom-escuro, completando uma sobrancelha escura de um garoto. Ouviu uma voz.

Olhou para os lados, e não vira nada. Voltou a focar na tela.

Mais uma vez, mais nítido. "Seungyoun, Seungyoun!". Repetiu os olhares e de novo se frustou. Não viu ninguém. Continuou desenhando, alguns minutos se passaram.

─ Seungyoun!

─ Que foi, caralho? ─ passou a mão no rosto e revirou os olhos.

─ Olha.

─ Rindo muito dessa sua palhaçada, palhaço que não conheço.

─ Você não mudou nada mesmo.

Olhou pra cima com fúria.

À sua frente estava um homem alto, loiro, forte, usando jeans escuros e uma camisa de botões branca cujo seu braço estava apoiado onde segura-se uma mala azul escuro. Esbanjava um Puma branco e preto e estava olhando fixamente para ele, sorrindo.

best friend 〔seungyul 🔖╯Onde histórias criam vida. Descubra agora