{-Beleza Daren, pode começar estou animada}
{-Você sempre está Ana}
Hoje a lenda vai ser do terceiro descendente, dizem que foi o último a nascer. O mais novo em questão de minutos podemos dizer assim, o mais corajoso dos descendentes. Hoje conheceremos a história de de Cauê o destemido.
Em uma pequena e pacífica aldeia uma mulher havia ficado completamente louca ao se envolver com uma lenda. Está mulher era Soraya, uma mulher que diziam que a própria mãe natureza havia construído sua beleza.
{-A mãe natureza não parecia tão legal quando a co...}
{-Ela tinha seus motivos}
Continuando. Soraya era linda como a natureza e desejada por diversos homens que lutavam por seu coração, porém Soraya era difícil de se conquistar desde que seu primeiro marido e líder da aldeia havia morrido e a deixado com um filho chamado Uub. Os homens traziam presentes e troféus de caça todos os dias porém Soraya se apaixonou por outra pessoa ou melhor dizendo, Lenda!!!
A moça conheceu e se apaixonou por Curupira o dono e protetor da natureza e em uma noite de amor ele a engravidou preocupada por carregar o filho de uma lenda, a mulher se isolou em uma caverna. Curupira cuidava de Uub escondido enquanto visitava a mãe de seu filho uma vez por semana até o dia de seu nascimento.
Soraya deu a luz a Cauê dentro de uma caverna e com muita dor e lágrimas abraçava a criança com amor, ela esperou Curupira aparecer aquela noite para ver seu filho Cauê porém ele não apareceu Soraya dormiu ao lado da criança. Porém ao acordar no outro dia ela percebeu que Cauê não estava ao seu lado.
Enlouquecida, confusa e triste Soraya voltou para aldeia fraca e com olhos sem vida ela gritava e pedia por seu filho de volta mas ninguém da aldeia entendia. Uub confuso perguntava a sua mãe o que havia ocorrido mas a mulher apenas gritava para devolverem seu filho.
A mulher se isolou no canto da aldeia onde havia visto Curupira e sussurrava todos os dias por seu filho de volta enquanto Uub ia todos os dias com água e comida mas sua mãe não comia e nem bebia já tinha uma aparência fraca e sem vida de baixo de chuva e de sol.
Até que em um dia chuvoso e com barulhos de trovões Soraya viu uma sombra na floresta e em sua frente Cauê estava lá chorando alto com o barulho da chuva. E a mulher já fraca e doente conseguiu apenas se arrastar gritando de felicidade mas não conseguia chegar até Cauê. Uub que havia escutado seus gritos correu até sua mãe que pedia para segurar Cauê. Uub que o viu mesmo sem acreditar o pegou e entregou para sua mãe que chorando em meio a chuva falou:
-Cauê, meu Cauê.... --- Soraya dizia --- Cuide de seu irmão Uub.... Cuide dele por mim.
E com esse último pedido Uub viu sua mãe morrer em meio a tempestade enquanto seu pequeno irmão chorava.
Cauê então cresceu na aldeia sendo treinado para caçar e lutar desde seus cinco anos, um garoto pequeno, negro de cabelos avermelhados e dentes pontudos. Ele tinha um olhar selvagem e estava sempre disposto a lutar, com seus seis anos a aldeia testemunhou sua força quando em uma caçada diária o pequeno garoto seguiu seu irmão e os adultos escondidos e derrotou um lobo-guara usando apenas as mãos.
Uub percebia o contato de seu irmão com a natureza onde todos os dias tinha que correr atrás de seu irmão pois estava sempre subindo em árvores para brincar com os macacos ou ele sempre se perdendo seguindo pássaros, Cauê era uma criança enérgica e agitada e tinha um amor imenso por felinos, seu irmão mais velho uma vez teve que fugir de uma onça pois Cauê decidiu pegar um de seus filhotes.
Foi então que com dezessete anos dois garotos e uma garota apareceram na aldeia procurando Cauê. Uub não queria contar porém os adolescentes diziam ser importante e Uub os levou até o lugar onde seu irmão mais novo sempre ficava próximo de um rio onde Cauê estava sentado brincando com uma pequena onça tentando pegar um peixe com as mãos.
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Descendentes - Contos do passado
FantasyEm um local da floresta amazônica, nasceram crianças diferentes de qualquer outra se passando de geração em geração porém essa é outra história. Os contos contados aqui será o incio, onde tudo começou.